|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Grupo desocupa depósito da ONU
DA REDAÇÃO
As autoridades do Taleban desocuparam ontem um dos dois
armazéns do Programa Mundial
de Alimentação da ONU que haviam sido ocupados anteontem.
Segundo o porta-voz do programa em Peshawar (Paquistão), Michael Huginns, o armazém de Cabul, com 5.300 toneladas de trigo,
foi devolvido ao controle da
ONU. O depósito de Candahar,
onde há 1.600 toneladas de trigo,
segue ocupado.
Hoje, 1,7 milhão de afegãos dependem da ajuda da ONU.
Enquanto isso, na mesma Candahar e em Mazar-e-Sharif (norte
do país), a entidade humanitária
Médicos Sem Fronteiras anunciou que seus depósitos de medicamentos foram saqueados. A organização não soube dizer quem
foi responsável pela ação.
A entidade humanitária Human Rights Watch lançou um pedido a todos os envolvidos em
combates no Afeganistão para
não atrapalhar os serviços de ajuda a necessitados no país.
Número de mortos
O Taleban afirmou ontem, por
meio do porta-voz Abdul Hai
Mutmaen, que entre 600 e 900
pessoas morreram ou estão desaparecidas desde o começo dos
ataques dos EUA ao Afeganistão,
no dia 7.
Ele fez as afirmações, que não
têm como ser confirmadas de forma independente neste momento, em uma entrevista de local
desconhecido, concedida por videofone, para a TV Al Jazeera, do
Qatar.
O número, além de impreciso,
contrasta com os 400 mortos
anunciados ontem também pelo
embaixador da milícia no Paquistão, Abdul Salam Zaeef.
Para o Pentágono, as estimativas da milícia fundamentalista
são ""ridículas". O secretário Donald Rumsfeld (Defesa) afirma
que os ataques tentam evitar atingir civis, mas que algumas baixas
são inevitáveis.
Testemunhas ouvidas por agências de notícias e oficiais do Taleban relataram ontem que pelo
menos oito pessoas morreram
ontem em Cabul.
""Perdi minha mãe, meu irmão,
meu cunhado, minha avó. Perdi a
esperança", afirmou um jovem
chamado Abdullah à agência
""France Presse" em frente a um
hospital da capital afegã.
O porta-voz do Taleban Amir
Jan Muttaqi afirmou que, desde
quarta-feira, 70 civis morreram
em Cabul, Candahar e Jalalabad.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Avião-robô utiliza armas Próximo Texto: Bioterrorismo: Antraz tem o 1º caso fora dos EUA Índice
|