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Líder estudantil, sem documento, pede cidadania
DE LOS ANGELES
O estudante Pedro Ramirez, 22, só descobriu que era
imigrante ilegal nos EUA
quando seus pais resolveram lhe contar, há poucos
anos, antes de ele entrar para a faculdade.
Ramirez nasceu no México e chegou ao país aos três
anos, atravessando a fronteira com a família.
Neste ano, foi eleito presidente do popular grêmio estudantil da Universidade
Estadual da Califórnia em
Fresno.
E, até esta semana, ninguém sabia que ele era imigrante ilegal. Até que alguém resolveu dedá-lo para
o jornal do campus.
Alguns afirmam que ele
deve deixar o cargo, outros
partem em sua defesa, como a própria instituição,
que sabia da situação do estudante.
Ramiro afirmou que não
irá renunciar, a menos que
seus colegas que o elegeram
peçam.
O estudante organiza para hoje uma passeata em
apoio a um projeto de lei
chamado Dream Act (ato do
sonho, em tradução livre),
que dá cidadania americana a residentes de longa data no país que passaram pelo menos dois anos em universidades ou no Exército.
"O Dream Act simboliza o
que é ser um americano, é
nosso objetivo", disse Ramirez a um jornal de Fresno. "Nós queremos contribuir para o país, usar nossos diplomas e nossas habilidades para construir um
lugar melhor."
O estudante, cuja mãe é
empregada doméstica e o
pai, funcionário de restaurante, pretende se formar
em ciências políticas e economia da agricultura.
Ele afirma que paga suas
contas da faculdade através
de bolsas estudantis e "bicos", como aparar a grama
dos vizinhos.
Ele poderia ganhar salário mensal de US$ 800 (cerca de R$ 1.360) do grêmio,
mas preferiu não recebê-lo
para evitar problemas jurídicos. Porém, nada o impedia de concorrer ao cargo.
"Isto mostra que mesmo
estudantes sem documentos podem contribuir muito
para o campus", disse Paul
Oliaro, um dos diretores da
universidade.
(FE)
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