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São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

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EUA prendem 86 em Samarra; insurgentes matam líder xiita

DA REDAÇÃO

Os EUA anunciaram ontem que a operação "Nevasca de Hera", iniciada na véspera com a prisão de 12 supostos insurgentes em Samarra (norte), resultou na morte de dois suspeitos e na prisão de 86 em 48 horas. A cidade, bastião do regime deposto e pólo de ataques às forças americanas, está cercada por 2.500 soldados.
Em contrapartida, um soldado americano foi morto numa emboscada em Bagdá. É a primeira baixa americana em ataque desde a captura do ex-ditador Saddam Hussein, no último sábado -mas a 199ª no pós-guerra.
Ontem, o Conselho Supremo para a Revolução Islâmica no Iraque, o maior grupo xiita do país, anunciou que um de seus dirigentes foi morto a tiros perto de sua casa, em Bagdá. Muhannad al Hakim era chefe de segurança do Ministério da Educação e primo do líder xiita Abdel-Aziz al Hakim, atual presidente do Conselho de Governo Iraquiano.
Em retaliação, um grupo de xiitas em Najaf (sul) linchou e matou Ali al Zalimi, oficial do extinto partido Baath, ao qual Saddam pertencia, que teve papel importante na repressão à maioria xiita durante a ditadura deposta.
No escopo político, o enviado dos EUA à Europa para negociar os US$ 120 bilhões da dívida externa iraquiana, o ex-secretário do Tesouro e de Estado James Baker, obteve do Reino Unido e da Rússia sinais positivos.
O presidente russo, Vladimir Putin, se disse "pronto para negociar" os US$ 8 bilhões que Bagdá deve a Moscou. Ao lado do francês Jacques Chirac e do alemão Gerhard Schröder, Putin foi um dos maiores opositores à Guerra do Iraque. Além disso, a Rússia havia se negado a negociar após os EUA anunciarem que a disputa por US$ 18,6 bilhões em contratos para a reconstrução iraquiana seria restrita a países que apoiaram o conflito.
Em Washington, o Pentágono anunciou que vai investigar uma licitação, em outubro, envolvendo a telefonia móvel na região de Bagdá. Há suspeita de suborno na vitória do consórcio liderado pela egípcia Orascom Telecom e pelas kuaitianas MTC e Telecomunicações Móveis Nacionais.


Com agências internacionais

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