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DITADURA ARGENTINA
Ex-comandante do Campo de Maio é condenado a 25 anos
DA REDAÇÃO
O ex-comandante militar
argentino Cristino Nicolaides foi sentenciado ontem a
25 anos de prisão por seqüestros e "desaparecimentos"
de opositores da ditadura
militar (1976/83), na primeira condenação de um general
desde a revogação das leis de
anistia, em junho de 2005.
Além de Nicolaides, foram
julgados culpados outros seis
antigos integrantes do Batalhão 601 da inteligência militar e um ex-policial. Eles
eram acusados de envolvimento em seqüestros, tortura e assassinatos, em 1980, de
guerrilheiros da organização
clandestina Montoneros, ligada ao Partido Peronista,
agremiação que atualmente
governa a Argentina. Das seis
vítimas do grupo, apenas
uma, Silvia Tolchinsky, sobreviveu. Ela mora atualmente na Espanha.
Com exceção do comandante, que não compareceu
ao julgamento por problemas de saúde, os réus fizeram o uso da palavra para se
defender, alegando lealdade
ao plano repressivo posto em
marcha depois do golpe de
1976. Eles foram insultados
por familiares das vítimas.
A leitura das sentenças
-entre 20 e 25 anos de prisão- foi aplaudida pelos presentes no julgamento, realizado no mesmo local onde
foram julgados em 1985 os
dirigentes do regime. Nicolaides chefiou o Terceiro
Corpo do Exército e os institutos militares com sede no
Campo de Maio, maior guarnição militar em Buenos Aires. Lá funcionava um dos
mais importantes centros de
detenção ilegal da ditadura.
Mala
Ainda na Argentina, a
Chancelaria entregou ontem
à noite um protesto ao embaixador dos EUA, Earl Earl
Wayne, por causa da acusação, feita pela Procuradoria
americana, de que os US$
800 mil dólares encontrados
com um empresário no aeroporto de Buenos Aires seriam para a campanha da
presidente Cristina Kirchner. A Chancelaria pede que
os EUA apressem a extradição de Guido Antonini Wilson, que levava o dinheiro.
Com agências internacionais
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