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Transição deverá ser estável
de Pequim
A transição pós-Deng, em seus
primeiros capítulos, deverá ser estável, sem os sobressaltos que
marcaram os anos seguintes à
morte de Mao Tse-tung.
As reformas econômicas vão
continuar, já que toda a elite dirigente apóia as mudanças, divergindo apenas quanto à velocidade
e prioridades.
A liderança chinesa também
abandonou a intolerância dos
tempos da Revolução Cultural e
aprendeu a negociar.
Uma luta palaciana entre facções, como na década de 70, parece ter saído do cardápio.
Atualmente, prevalece a idéia de
se manter o país estável para continuar as reformas e, mais importante, para preservar o Partido Comunista (PC) como proprietário
único do poder.
Jiang Zemin possui uma base de
apoio político construída ao longo
dos últimos anos, quando ele assumiu a direção do PC chinês e conseguiu assegurar o título de sucessor de Deng Xiaoping.
O presidente chinês contou com
um período de tempo que Hua
Guofeng, o substituto de Mao, não
teve, já que a sucessão do ``Grande
Timoneiro'' foi decidida apenas
cinco meses antes de sua morte.
Hua, sem tempo para organizar
seus alicerces no poder, acabou
prensado entre os comunistas radicais da ``Gangue dos Quatro'',
liderados por Jian Qing, a mulher
de Mao, e os moderados do marechal Ye Jianying. Da turbulência
daqueles anos, saíram derrotados
Hua e Jian.
(JS)
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