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INTOLERÂNCIA
Afirmação foi feita por comissário europeu em seminário que reuniu lideranças judaicas, que criticaram a entidade
Europa promete aumentar combate ao anti-semitismo
DA REDAÇÃO
A União Européia disse a líderes judaicos de todo o mundo que
os países do bloco devem combater com mais força o anti-semitismo, que tem crescido nos últimos
anos no continente com ataques
contra judeus e violações a símbolos do judaísmo.
O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, afirmou
que os ministros do Interior e os
chanceleres europeus devem ter
um papel cada vez mais forte na
luta contra o anti-semitismo.
Porém Prodi fez questão de afirmar que o anti-semitismo de hoje
não pode ser comparado ao dos
anos 1930 e 1940, quando ocorreu
o Holocausto, o extermínio de 6
milhões de judeus pelos nazistas.
A declaração de Prodi, dada em
seminário sobre o anti-semitismo
que contou com a participação
das principais lideranças judaicas
mundiais, foi uma resposta ao
discurso do embaixador dos EUA
na União Européia, Rockwell
Schnabel, que afirmou que o anti-semitismo está "atingindo um
ponto tão grave quanto nos anos
1930", época da ascensão do nazismo na Alemanha.
O anti-semitismo vem crescendo na Europa, com ataques contra judeus e símbolos da religião
judaica, como sinagogas e cemitérios. Autoridades atribuem muitas das violações a jovens muçulmanos, muitas vezes marginalizados pelos europeus, que transferem suas frustrações com o conflito israelo-palestino aos judeus.
A ligação entre as críticas às
ações de Israel e o anti-semitismo
foi um dos principais temas do seminário. Algumas das críticas
contra Israel, segundo Prodi, têm
origem no anti-semitismo. "Não
posso negar que parte das críticas
contra Israel são motivadas por
sentimentos anti-semitas."
Prodi acrescentou, porém, que
o apoio europeu à criação de um
Estado palestino não pode ser visto como uma atitude anti-Israel
ou antijudaica.
Já o Centro Simon Wisenthal
criticou a ajuda financeira européia aos palestinos (estimada em
US$ 720 milhões para 2002 e
2003), pois o dinheiro estaria sendo destinado para "financiar terroristas e a mídia anti-semita".
A União Européia respondeu
dizendo que o dinheiro serve para
evitar que a economia palestina
entre em colapso.
O seminário foi convocado após
pesquisa encomendada pela
União Européia indicar que Israel
é a maior ameaça à paz mundial.
O resultado provocou fortes críticas à UE pela forma como a pesquisa foi conduzida.
Com agências internacionais
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