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CASO OCALAN
Manifestantes curdos invadem prédio da Unesco, em Paris
Turquia ataca curdos, mas acena com anistia para guerrilheiros
das agências internacionais
O presidente da Turquia, Suleyman Demirel, defendeu ontem a
criação de uma lei de anistia que
sirva para encorajar os guerrilheiros curdos a abandonar a luta armada.
Suas declarações foram o primeiro gesto de conciliação em direção à minoria curda desde a detenção, na terça-feira, de Abdullah
Ocalan, líder do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Sua prisão, no Quênia, onde havia se refugiado na Embaixada da
Grécia, é motivo de protestos curdos em toda a Europa.
Mas, apesar das palavras do presidente, o Exército turco continua
a promover uma grande ofensiva
contra os militantes curdos
-mais de 4.000 soldados estão no
Curdistão iraquiano em busca de
integrantes do PKK.
Um curdo de 15 anos morreu ontem durante manifestação ao ser
baleado pela polícia na cidade de
Kiziltepe (sudeste do país).
"Sei que essa lei (da anistia) pode
não ser vista positivamente em todos os lugares, mas ela é importante para evitar mais derramamento
de sangue", afirmou Demirel.
Leis semelhantes à proposta pelo
presidente -que concediam redução das penas aos separatistas
que se entregassem e dessem informações à Turquia- já foram
aprovadas anteriormente, mas
não foram colocadas em prática.
Manifestantes curdos ocuparam
ontem, em Paris, a sede da Unesco
(órgão das Nações Unidas que trata de educação, ciência e cultura).
Cerca de 20 ativistas conseguiram entrar no edifício, situado nas
proximidades da torre Eiffel, e estender bandeiras curdas no topo
do prédio. Outros 400 foram barrados pela polícia.
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