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Eleição de hoje tem
resultado imprevisível
DA REDAÇÃO
Antes mesmo da tentativa de
assassinato do presidente Chen
Shui-bian, analistas políticos já
julgavam imprevisível o resultado
da eleição de hoje em Taiwan.
As leis eleitorais da ilha proíbem
a divulgação de pesquisas nos dez
dias anteriores à votação. Acredita-se que a vantagem do vencedor
da disputa entre Chen e o oposicionista Lien Chan deva ser bem
estreita -há 16,5 milhões de eleitores.
Chen, que se elegeu em 2000
concorrendo contra o próprio
Lien, do Partido Nacionalista
(Kuomintang), defende uma posição de independência em relação à China. Ele é acusado pelos
nacionalistas -mais favoráveis a
uma composição com a China-
de explorar eleitoralmente as relações tensas com Pequim.
No final do ano passado, Chen
propôs a realização de um referendo, no mesmo dia da eleição
presidencial, para que os taiwaneses decidissem se o governo deveria investir em um sistema de defesa contra os mísseis que a China
tem apontados para a ilha.
O agravamento das relações sino-taiwanesas tem potencial para
causar um grande conflito entre
China e Estados Unidos. Por isso,
e apesar de dar apoio a Taiwan, os
americanos se manifestaram contra a realização do referendo.
"Nós nos opomos a qualquer decisão unilateral, seja por parte da
China ou de Taiwan, para mudar
seu status", disse o presidente
George W. Bush em dezembro.
França, Alemanha, Japão, Coréia
do Sul, Brasil, Paquistão e República Tcheca são outros países que
também se manifestaram contra
a consulta popular.
Taiwan e China estão separados
desde 1949, quando, fugindo da
revolução comunista de Mao Tse-tung, o líder nacionalista Chiang
Kai-shek se transferiu para a ilha,
ganhando proteção militar e econômica dos EUA. Desde então, a
China considera Taiwan como
uma "Província rebelde" e defende a reunificação.
Com um sistema capitalista e
democrático, Taiwan tem todas as
instituições que caracterizam um
país, como Parlamento, ministérios e Exército. Mas o imenso poderio da China faz com que não
seja reconhecida oficialmente pela maioria dos países -em 1971
perdeu o direito de ter uma representação oficial na ONU.
Com agências internacionais
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