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GUERRA FRIA
EUA sabiam de matanças por governo aliado na Guatemala
DA REDAÇÃO
Os EUA sabiam que governos aliados na Guatemala
conduziram campanha de
extermínio de ativistas durante a guerra civil (1960-1996), comprovam documentos publicados pela
ONG National Security Archive. Cerca de 200 mil pessoas foram mortas no conflito, a maioria por militares.
Relacionados ao desaparecimento do líder estudantil
Fernando García, os arquivos, antes secretos, se tornaram públicos seguindo diretrizes da Lei de Liberdade de
Informação. O sequestro de
García, em 1984, fomentou a
criação do Gam, grupo de parentes das vítimas e desaparecidos, cujos integrantes
passaram a ser alvejados.
Na Guatemala, uma comissão avalia a liberação de
arquivos militares para a investigação de violações desde o golpe de 1954, que derrubou o governo nacionalista
de Jacobo Arbenz, até o fim
da guerra civil, em 1996.
A medida, decretada em
fevereiro pelo presidente Álvaro Colom (centrista), atende demanda da Comissão de
Esclarecimento Histórico -
que concluiu, em 1999, que o
Estado praticou genocídio
contra os índios (83% das vítimas) e que o Exército e colaboradores foram responsáveis por 93% das violações.
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