São Paulo, sexta-feira, 20 de março de 2009

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GUERRA FRIA

EUA sabiam de matanças por governo aliado na Guatemala

DA REDAÇÃO

Os EUA sabiam que governos aliados na Guatemala conduziram campanha de extermínio de ativistas durante a guerra civil (1960-1996), comprovam documentos publicados pela ONG National Security Archive. Cerca de 200 mil pessoas foram mortas no conflito, a maioria por militares.
Relacionados ao desaparecimento do líder estudantil Fernando García, os arquivos, antes secretos, se tornaram públicos seguindo diretrizes da Lei de Liberdade de Informação. O sequestro de García, em 1984, fomentou a criação do Gam, grupo de parentes das vítimas e desaparecidos, cujos integrantes passaram a ser alvejados.
Na Guatemala, uma comissão avalia a liberação de arquivos militares para a investigação de violações desde o golpe de 1954, que derrubou o governo nacionalista de Jacobo Arbenz, até o fim da guerra civil, em 1996.
A medida, decretada em fevereiro pelo presidente Álvaro Colom (centrista), atende demanda da Comissão de Esclarecimento Histórico - que concluiu, em 1999, que o Estado praticou genocídio contra os índios (83% das vítimas) e que o Exército e colaboradores foram responsáveis por 93% das violações.


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