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Frases de efeito concluem disputa presidencial na França
DA REDAÇÃO
A campanha presidencial
francesa chega à reta final. A legislação eleitoral permite que
os candidatos arrematem suas
campanhas nesta sexta. Mas
eles optaram por fazer ontem
os últimos comícios para o primeiro turno de domingo.
O candidato do bloco de centro direita, Nicolas Sarkozy, fez
o seu em Marselha, afirmando
ter "aniquilado os insultos e
mentiras" de seus adversários.
Exortou os eleitores a dividirem com ele "o sonho de um
novo Renascimento, em que o
futuro será uma esperança e
não uma ameaça".
Também afirmou ter sido
criticado por quebrar tabus ao
falar de identidade nacional,
crime, imigração e a necessidade de autoridade.
A escolha de Marselha, porto
do Mediterrâneo, não foi ocasional. Sarkozy reuniu 15 mil
pessoas na cidade em que as
três últimas pesquisas dão o
candidato da extrema direita,
Jean-Marie Le Pen, encabeçando as intenções de voto.
"Sarkô" procurou nas últimas semanas atrair eleitores
"lepenistas" para manter a
dianteira nas pesquisas.
Mas seus dois principais adversários, a socialista Ségolène
Royal e o conservador François
Bayrou, que se apresenta como
centrista, o acusaram de ser um
extremista que dividiria a
França, em lugar de unificá-la.
Pesquisa divulgada ontem
não trouxe para Sarkozy boas
notícias. Pela segunda vez nesta semana, um instituto o dá
empatado com Ségolène no segundo turno de 6 de maio. E
apenas um ponto (27% a 26%)
os separa no domingo, em resultados que estão dentro da
margem de erro.
Apelo "à resistência"
Bayrou, com 17% das intenções, fez ontem comício em Paris a 17 mil eleitores. Disse que a
França "está em perigo de esgotamento, de revolta e de fratura" e apelou "à resistência", palavra que invoca na história
francesa o inconformismo com
a invasão militar estrangeira.
Reafirmou situar-se no centro
do tablado político, ao lembrar
que Sarkozy o qualificou de esquerdista, e o socialista Lionel
Jospin o chamou de direitista.
Ségolène com Zapatero
Ségolène Royal fez comício
em Toulouse, em companhia
do primeiro-ministro espanhol, o também socialista José
Luis Rodríguez Zapatero, que
disse em discurso que "a Europa precisa de uma França moderna, inovadora, comprometida e valente". Assessores do
premiê ressalvaram que ele não
atacaria Sarkozy, com quem
precisaria conviver politicamente, caso ele seja eleito.
Reforçando sua imagem de
mulher de esquerda, ela criticou as altas tarifas bancárias, os
altos salários de executivos e
prometeu "construir uma
França mais eqüitativa e forte,
na qual todos os cidadãos serão
verdadeiramente iguais". Disse
querer "uma França que não
discrimine desempregados"
que não sejam brancos e que tenham nomes esquisitos, em
menção aos imigrantes.
Com agências internacionais
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