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Presidente e vice do Sinn Fein, eleitos em 1º de maio, estão proibidos de montar escritórios
Separatistas visitam o Parlamento
de Londres
Os dois representantes do Sinn
Fein eleitos no pleito de 1º de
maio foram ontem ao Parlamento britânico para protestar contra a proibição de que montem
escritórios no local.
Gerry Adams, presidente do
partido, e Martin McGuinness,
vice, representam braço político
do grupo terrorista IRA (Exército Republicano Irlandês). O IRA
luta pelo fim do domínio britânico na Irlanda do Norte.
Os dois deputados não podem
ocupar escritórios no Parlamento porque se recusam a fazer o
juramento de lealdade à coroa
britânica. As regras tornaram-se
mais severas por decisão da presidente da Câmara, Betty Boothroyd.
Antes, a proibição para a atuação de Adams e McGuinness se
restringia à presença deles em
plenário.
Discriminação
"Estamos aqui para desafiar o
que consideramos uma medida
discriminatória tomada contra
as pessoas que votaram em nosso partido", disse Adams.
Os dois deputados fizeram um
passeio pelas instalações do Parlamento britânico e se reuniram
com o responsável pelo cerimonial da Casa para tentar reverter
a decisão.
O confronto com o Sinn Fein
ocorre em um momento delicado.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro Tony Blair ofereceu ao
partido a chance de se reunir
com autoridades de Londres
mesmo sem a declaração de um
cessar-fogo pelo IRA. Os contatos devem começar ainda nesta
semana.
Os contatos com o Sinn Fein
estão suspensos desde fevereiro
do ano passado, quando o IRA
encerrou a trégua de 17 meses
com um atentado no centro de
Londres.
Publicidade
O ministro da saúde do Reino
Unido, Frank Dobson, disse ontem que o fim da publicidade de
cigarros a ser implantado pelo
governo inclui o veto ao patrocínio de eventos esportivos.
Ele afirmou que os empresários do ramo esportivo que dependem do patrocínio de cigarros terão tempo para buscar alternativas.
O esporte mais afetado no Reino Unido deve ser o automobilismo. Grandes equipes da Fórmula 1 com sede no Reino Unido
são patrocinadas por fabricantes
de cigarros.
O projeto para banir a publicidade de tabaco deve ser submetido ao Parlamento em outubro.
(PAULO HENRIQUE BRAGA)
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