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TRAGÉDIA
Russos admitem falha no naufrágio do submarino que matou 118 marinheiros
Torpedo defeituoso afundou Kursk
DA REDAÇÃO
Um torpedo defeituoso causou a acidente que afundou o submarino nuclear russo Kursk, matando seus 118 tripulantes em agosto de 2000, no mar de Barents (noroeste da Rússia). "Só restou uma versão para o acidente: explosão
de um torpedo", disse Ilya Klebanov, chefe da investigação oficial
do caso feita por Moscou.
Foram afastadas, então, as versões de que o submarino teria sido atingido por uma outra embarcação -na época, oficiais russos chegaram a responsabilizar
algum submarino da Otan (aliança militar ocidental liderada pelos
EUA) que estaria espionando o
Kursk- ou colidido com uma
velha mina da Segunda Guerra
Mundial.
A divulgação das conclusões
dos militares russos ocorreu durante uma reunião entre oficiais
da Marinha russa e um vice-almirante da Otan para discutir métodos conjuntos de salvamentos.
Essa reunião, ocorrida em São
Petersburgo (noroeste), marcou
também o primeiro resultado
tangível da cooperação entre a
Rússia e a Otan.
"A tragédia do Kursk esteve no
centro de nossas discussões. Temos de garantir que isso jamais
aconteça de novo", disse o almirante Anatoly Komaritsyn.
A comissão liderada por Klebanov deve dar seu relatório final até
o final deste ano.
A operação de desmantelamento do Kursk chegará ao custo de
US$ 130 milhões, uma quantia
significativa para o decrescente
orçamento militar russo. O submarino tinha originalmente 150
metros e mais de 18 mil toneladas.
Cento e quinze corpos de tripulantes foram recuperados, identificados e enterrados. Os outros três não foram encontrados.
Salvamentos conjuntos
A reunião na Rússia serviu para acertar os termos de um protocolo internacional naval de salvamento e resgate.
A Marinha russa foi duramente
criticada à época do naufrágio por
recusar ajuda internacional durante os esforços para salvar os
marinheiros que sobreviveram às
explosões iniciais na embarcação.
"No encontro de Roma, no mês
passado, os chefes de Estado e de
governo da Otan e da Rússia mencionaram especificamente o desejo de cooperar no campo de operações de resgate. É o que estamos
fazendo", disse o vice-almirante
Malcom Fages, chefe do comitê
militar da aliança militar.
Com agências internacionais
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