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GUERRA SEM LIMITES
Segundo os EUA, caminhoneiro confessou ter pesquisado ataques contra a ponte do Brooklyn e ferrovias
Homem de Ohio confessa elo com Al Qaeda
DA REDAÇÃO
Um motorista de caminhão
americano suspeito de ter ligações com a rede terrorista Al Qaeda, acusado de envolvimento em
conspirações para descarrilar
trens e sabotar a ponte do
Brooklyn, em Nova York, se confessou culpado.
Iyman Faris, 34, de Columbus,
Ohio, é suspeito de ter recebido
instruções diretamente de altos líderes da Al Qaeda, entre eles Khalid Shaikh Mohammed, preso sob
custódia dos EUA no exterior e
fonte de informações valiosas sobre o alcance mundial da rede terrorista de Osama bin Laden, responsável pelos atentados de 11 de
setembro de 2001.
Após acordo com o Departamento da Justiça, Faris concordou em cooperar com o governo e
se declarou culpado de fornecer
apoio material a terroristas e de
conspirar para fornecer apoio.
"O caso destaca as ameaças
muito reais ainda presentes aqui
nos EUA na guerra contra o terrorismo e possui muitas das marcas
típicas da Al Qaeda.", disse o secretário da Justiça, John Ashcroft.
"Ele cruzava o país livremente."
A audiência de sentenciamento
de Faris foi marcada para agosto.
Ele pode ser condenado a até 20
anos de prisão e multas de até US$
500 mil por cada acusação.
O acordo foi fechado em maio,
mas foi mantido sob sigilo.
Ashcroft já tinha dito anteriormente, em comunicado escrito:
"Tiramos das ruas mais um agente da Al Qaeda baseado nos EUA.
Ele parecia ser um caminhoneiro
americano trabalhador, mas preparava golpes terroristas que poderiam ter matado muitos".
Declaração do governo, arquivada junto com a confissão,diz
que ele é natural da Caxemira e foi
instruído por um agente de alto
escalão da Al Qaeda a obter equipamentos para cortar os cabos
"de uma ponte de Nova York".
Faris foi instruído a referir-se ao
equipamento cortador como
"postos de gasolina" para evitar
suspeitas. Segundo o governo, o
líder da Al Qaeda também orientou Faris a obter ferramentas que
pudessem ser utilizadas para descarrilar trens nos EUA. Essas ferramentas seriam mencionadas
como "oficinas mecânicas".
Nenhum dos ataques planejados chegou a acontecer.
De acordo com a declaração do
governo, os encontros tiveram lugar em 2000, 2001 e início de 2002
no Afeganistão e no Paquistão.
Incluíram encontros com dois altos líderes da Al Qaeda que não
foram identificados. Faris teria estado com o próprio Bin Laden em
2000.
A declaração diz que Faris pesquisou a ponte na internet e viajou a Nova York no final de 2002,
concluindo que "a conspiração
para destruir a ponte, cortando
seus cabos, teria muito poucas
chances de dar certo", devido à
estrutura e à segurança local.
Ele enviou aos líderes da Al Qaeda uma mensagem em código dizendo "o tempo está quente demais", indicando que a conspiração não deveria seguir adiante.
A promotoria disse que, no final
de 2000, associados de Bin Laden
também pediram a Faris que pesquisasse aviões ultraleves que pudessem ser utilizados como veículos de fuga por agentes da Al Qaeda e que Faris ajudou a Al Qaeda a
obter 2.000 sacos de dormir leves
que foram enviados ao Afeganistão para o uso de Bin Laden e outros membros da Al Qaeda.
Faris se mudou para os EUA em
maio de 1994 e se tornou cidadão
americano em dezembro de 1999,
tendo trabalhado como caminhoneiro independente por vários
anos. Seu contato original com a
Al Qaeda se deu por meio de um
alto agente da organização, que,
segundo o governo, Faris conhecia desde a guerra entre União Soviética e Afeganistão, nos anos 80.
Desde os ataques de 2001, o Departamento da Justiça já conseguiu que vários membros de supostas células da Al Qaeda confessassem sua culpa ou fossem condenados.
Com agências internacionais
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