São Paulo, domingo, 20 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Governo nega intervenção em escolha de juiz

DA REDAÇÃO

Em nota distribuída anteontem, a Chancelaria venezuelana critica o diretor da Human Rights Watch José Vivanco -e não a ONG americana- e diz que o "Poder Executivo não intervém em nenhuma das etapas do processo de seleção" dos juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
"Ao não vir ao país para dialogar, mas para acusar sem fundamento, Vivanco desprestigia sua organização e desvirtua a verdadeira vocação construtiva das ONGs", diz a nota.
Já o vice-presidente José Vicente Rangel disse que o país "não precisa de conselhos de ninguém, muito menos de um mercenário".
Sobre a nova lei, a nota diz: "É de sublinhar que, diferentemente de um grande número de países da América e Europa, onde o Poder Executivo seleciona ou escolhe de maneira direta e indireta os altos magistrados, a Assembléia Nacional venezuelana tem a atribuição de escolher os magistrados do Supremo Tribunal de Justiça em representação do povo venezuelano, o que garante a autonomia e a independência do Poder Judiciário".
Segundo a Chancelaria, recentes mudanças no Judiciário "são apoiadas por organismos internacionais tais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial".
Na última sexta-feira, a Folha solicitou, por meio da assessoria do presidente Hugo Chávez, uma entrevista com qualquer porta-voz do governo que pudesse responder pontualmente às acusações da HRW. Não obteve resposta.
Sobre as acusações do governo, Vivanco disse: "Não vou dignificar esses ataques com uma resposta". (FM)


Texto Anterior: Venezuela: Chávez é acusado de interferir no Judiciário
Próximo Texto: Oriente Médio: Elite palestina reclama de "exclusão"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.