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ZIMBÁBUE
Violência piora, e governos africanos condenam eleição
DA REDAÇÃO
O opositor Movimento pela Mudança Democrática
(MDC) e a Anistia Internacional denunciaram ontem o
aumento da violência antes
do segundo turno da eleição
presidencial no Zimbábue,
depois que corpos de quatro
membros do partido foram
achados com sinais de tortura perto da capital, Harare.
Morgan Tsvangirai, líder
do MDC, venceu o primeiro
turno e enfrentará no segundo o ditador Robert Mugabe,
no poder há 28 anos, no próximo dia 27. A crise, porém,
levou ontem até antigos aliados de Mugabe a pedirem a
suspensão da votação.
Segundo a Anistia Internacional, um total de 12 corpos
foi encontrado nos últimos
dias pelo país, a maioria com
sinais de espancamento.
Em um dos casos, a mulher
do prefeito eleito da capital,
que é de oposição, foi encontrada morta e carbonizada
dois dias após ter sido seqüestrada em sua casa.
As mortes elevam para
mais de 70 as vítimas do
MDC assassinadas desde o
primeiro turno, em março.
Mugabe nega qualquer
participação na violência,
mas ameaçou recentemente
resistir com armas a uma
eventual derrota nas urnas.
Pressionado pela situação,
o presidente da África do Sul,
Thabo Mbeki, um dos principais mediadores no país vizinho, fez ontem um apelo a
Mugabe para cancelar a eleição e formar um governo de
união nacional com o MDC.
Ao mesmo tempo, chanceleres da Tanzânia, Suazilândia e Angola afirmaram que
"há todos os sinais de que essas eleições jamais serão livres ou justas". Os três países
fazem parte da Comunidade
para o Desenvolvimento da
África Austral (SADC), que
avalizou o primeiro turno da
votação, mas vem elevando
as críticas a Mugabe. A Tanzânia atualmente lidera também a União Africana.
Com agências internacionais
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