Reforço pretende reprimir imigração irregular, bem como o narcotráfico

Cerca de metade dos homens destacados irá ao Arizona, Estado que terá, a partir do dia 29, pior lei anti-imigração

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Mais de 1.200 membros da Guarda Nacional americana começarão a chegar à fronteira do país com o México a partir do próximo dia 1º para elevar a segurança na área.
Diante do recente surto de violência na guerra entre os narcocartéis mexicanos, os americanos estão preocupados com a decorrente entrada de imigrantes irregulares, armas e drogas em seu país.
Para reforçar a fiscalização formal, também serão enviados à fronteira 300 fiscais de alfândega extras.
O reforço irá chegar a quatro Estados -Arizona, Califórnia, Novo México e Texas.

ARIZONA
Dos homens da Guarda Nacional, cerca de metade será enviada ao Arizona, onde as autoridades locais reclamam sempre da falta de segurança, e foi sancionada recentemente uma polêmica lei que dá aos policiais poder de questionar o status migratório de qualquer pessoa mediante "suspeita razoável".
O governo federal questiona na Justiça a constitucionalidade da legislação, vista como uma solução estadual para uma questão que foi deixada de lado e, agora, é alvo de reforma proposta pelo governo Barack Obama.
Há estimados 10,8 milhões de imigrantes irregulares nos EUA, atualmente.
Ontem mesmo, a governadora do Arizona, Jan Brewer, que sancionou a lei, festejou o reforço, mas criticou a estratégia. "Não parece existir uma estratégia coerente para derrotar a crescente violência do narcotráfico e dos cartéis de contrabando."
"Nós precisamos da implementação de um plano federal para chegar à vitória contra esses cartéis brutais e a natureza porosa de nossa fronteira", afirmou.
A lei anti-imigração do Arizona entra em vigor dia 29.
Em artigo publicado ontem no "Arizona Republic", a secretária da Segurança Doméstica, Janet Napolitano, ex-governadora do Arizona, afirmou que os agentes de fronteira também receberão binóculos térmicos e aeronaves para vigilância na região da cidade de Tucson.
"Esses homens irão prover apoio direto para os oficiais e agentes federais em áreas de alto risco", disse ontem.
Os EUA negociam acordo de cooperação com o México para usar aeronaves no monitoramento do lado de lá da fronteira.


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