São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 2002

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AFEGANISTÃO

ONU teria provas da morte de centenas de prisioneiros do Taleban

Aliado dos EUA é acusado de matança

Reuters
Prisioneiros se amontoam em prisão para integrantes do Taleban e da Al Qaeda em Shiberghan, na região norte do Afeganistão


DA ASSOCIATED PRESS

Um grupo americano de defesa dos direitos humanos pediu uma investigação sobre supostos massacres realizados por um aliado dos EUA no Afeganistão.
Uma reportagem publicada anteontem na "Newsweek" afirma que, em um memorando secreto da ONU, investigadores da entidade concluíram que havia provas da morte de centenas de prisioneiros do Taleban capturados por soldados de Abdul Rashid Dostum. Segundo a revista, os investigadores da ONU examinaram uma vala comum perto de Shibergan que "contém corpos de prisioneiros de guerra do Taleban que morreram de sufocamento" ao serem transferidos de Kunduz após a queda do Taleban no norte do Afeganistão, em novembro.
O grupo Médicos pelos Direitos Humanos, que também enviou uma equipe para investigar o suposto massacre, reiterou seu apelo aos governos dos EUA e do Afeganistão e à ONU para que iniciem uma investigação criminal.
"A recusa dos EUA em reconhecer e investigar a possibilidade de que seu parceiro militar matou centenas ou milhares de prisioneiros é um terrível repúdio a seu compromisso de responsabilizar criminosos de guerra por seus erros", disse Leonard Rubenstein, diretor-executivo da entidade.
Questionado se os EUA apoiariam uma investigação, o diretor de comunicações da Casa Branca, Dan Bartlett, disse: "É importante não fazer julgamentos apressados, examinar os fatos. A forma apropriada para uma investigação deve ser definida depois".


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