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TCHETCHÊNIA
Causa do acidente ainda é incerta, mas ele pode pode ter sido provocado por ação de separatistas tchetchenos
Queda de helicóptero da Rússia mata 85
DA REDAÇÃO
Um helicóptero russo Mi-26, de
transporte de tropas, caiu na separatista Tchetchênia (sul da Rússia). O número final de mortos era
incerto até o fechamento desta
edição. As autoridades russas
afirmavam que, das 132 pessoas a
bordo, 85 morreram e ao menos
32 foram hospitalizadas e deveriam sobreviver. Muitos feridos
estavam sendo atendidos no local.
Também permanecia incerto se
o helicóptero fora derrubado pelos separatistas tchetchenos ou se
caíra por problemas mecânicos.
Rebeldes muçulmanos querem
implantar uma república islâmica
na Tchetchênia, que fica na montanhosa região do Cáucaso e dá
passagem para importantes oleodutos vindos do mar Cáspio.
A queda ocorreu em Shankalá,
perto da capital tchetchena, Grozni. O fogo e a fumaça no local estavam atrapalhando os esforços para determinar o número de mortos e a causa da tragédia. Entre os
soldados havia um número indeterminado com "feridas e traumatismos graves", disseram os
militares que participam das operações de socorro.
O ministro da Defesa da Rússia,
Sergei Ivanov, expressou as condolências às famílias. Ele negou
que o desastre tenha alguma ligação com os separatistas.
Entretanto relatos a jornalistas
ocidentais na região afirmavam
que uma ação dos separatistas era
muito provável.
As autoridades entraram em
contradição em diversos momentos ao explicar o ocorrido. Segundo Sergei Frindinsky, vice-procurador-geral russo, a aeronave caiu
sobre um campo minado, o que
não foi confirmado pelo coronel
Boris Podoprigora, um dos comandantes das tropas da região.
Ainda segundo Podoprigora, o
helicóptero podia estar superlotado, já que fora desenhado para
transportar 82 pessoas. Um dos
maiores helicópteros do mundo,
o Mi-26 chega a pesar 56 toneladas, quando carregado.
Já a agência de notícias Interfax
disse, citando fontes militares,
que a queda se deu devido a um
ataque dos rebeldes.
Alguns analistas afirmam que as
ações dos rebeldes têm se intensificado nos últimos dias numa tentativa de fazer o governo reiniciar
negociações de paz, suspensas
desde o ano passado.
Um representante dos separatistas se encontrou com Ivan
Rybkin em Genebra na semana
passada. Rybkin foi chefe do Conselho de Segurança da Rússia.
Histórico sangrento
Em 1994, iniciou-se uma guerra
separatista na região. Depois de 21
meses, os soldados russos se retiraram. Em 1999, as tropas de
Moscou voltaram ao território.
Desde então, cerca de 13.500 rebeldes tchetchenos e mais de
4.300 militares russos morreram.
As organizações internacionais
de defesa dos direitos humanos
denunciam abusos cometidos pelos militares e pelos separatistas.
O governo afirma que o atual
confronto na Tchetchênia continua em curso, pois grupos isolados de rebeldes continuam lutando. Os ataques desses separatistas
são de pequeno porte, mas afetam
muito o moral das tropas.
A maioria desses ataques tem
como alvos soldados, autoridades
civis e policiais que cooperam
com a administração de Moscou.
Em setembro de 2001, dois generais e 11 militares de menor patente morreram quando o helicóptero em que estavam foi abatido por um míssil portátil logo depois de ter decolado de Grozni.
Outro helicóptero, um Mi-8, levando dois altos funcionários do
Ministério do Interior e mais 12
pessoas, caiu em janeiro. O Kremlin afirma que foi um acidente,
apesar de rumores de que teriam
sido achados indícios de um míssil semelhante ao que derrubou a
aeronave com os generais.
Moscou afirma que os rebeldes
tchetchenos têm ligações com a Al
Qaeda, a rede terrorista comandada por Osama bin Laden.
Com agências internacionais
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