São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2011

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Normalidade de Wall Street é ser mercado bipolar

DA REUTERS

O melhor que se pode dizer sobre o apavorante tumulto que tomou Wall Street recentemente é que está acontecendo no verão, quando muita gente descansa na praia ou acampa nos bosques, e ignora o mercado de ações.
Mas para quem não tirou férias das ações, assistir às gigantescas ondas de alta e baixa do mercado foi uma experiência perturbadora que alguns profissionais das finanças acreditam possa orientar o comportamento dos investidores por meses e até anos.
"Todo mundo sentiu que era algo idiota", disse Susan Kaplan, presidente da Kaplan Financial Services, sobre a volatilidade da semana passada. "A maioria dos clientes desistiu de se manter atualizada sobre o mercado e voltou às férias de verão", disse ela.
No curto prazo, inação pode ser a melhor estratégia para enfrentar as oscilações incompreensíveis dos mercados de ações americanos na semana passada. O problema é que esse tumulto talvez não represente uma anomalia temporária.
Especialistas dizem que os investidores antecipam mais volatilidade nas ações, devido aos fundos de hedge que tendem a agir em bloco, à reação automática diante de notícias desfavoráveis e aos programas de computador que possibilitam transações em altíssima velocidade.
Esses fatores podem vir a constituir a nova e desconfortável normalidade de Wall Street. É possível dizer que Wall Street é um mercado bipolar, que oscila do desespero à euforia com cada manchete.
"O que importa é o que os mercados pensam, não o que as pessoas do mercado pensam", diz L. Randall Wray, professor na Universidade do Missouri.


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