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FRANÇA
Sarkozy propõe mérito como critério para o funcionalismo
DA REDAÇÃO
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou ontem a adoção de um sistema
individual de avaliação para
os servidores públicos, de
modo a permitir que ganhem
mais aqueles que apresentem maior produtividade.
Reiterou também a promessa eleitoral de não substituir um terço dos que se
aposentam no ano que vem
(supressão de 22.800 cargos)
e, a partir de 2009, de não
substituir a metade (supressão de 35 mil cargos).
Sarkozy foi genérico ao
anunciar sua "verdadeira revolução cultural" no serviço
público. As modalidades de
avaliação serão definidas por
uma Comissão de Modernização do Estado.
O setor público na França
tem pouco mais de 5 milhões
de funcionários. Na administração direta eles são 2,6 milhões. Estes últimos, que não
incluem assalariados de empresas públicas como os correios e a eletricidade, têm
uma folha de pagamento
anual de 119 bilhões (R$
310 bilhões), ou quase 45%
do orçamento do país.
Durante a campanha para
as eleições presidenciais
deste ano, Sarkozy afirmou
que o Estado "gasta muito e
gasta mal", e que, sem um
choque de racionalidade, seria impossível conter a espiral do endividamento e cumprir a meta de déficit fiscal inferior a 2%, fixada pelo
Banco Central Europeu. O
déficit francês é de 2,4%.
Como o esperado, os sindicatos reagiram mal ao discurso de Sarkozy. "Há uma
grande insatisfação e as propostas contrariam tudo o
que poderíamos reivindicar
para os servidores", disse
Gerard Aschieri, da FSU.
Jean-Marc Canon, da
CGT, qualificou o discurso
de "uma declaração de guerra", enquanto Elisabeth david, da Unsa, declarou-se
"profundamente chocada".
Mas Jacques Delpla, banqueiro, disse ao "Financial
Times" que "finalmente estamos lidando com problemas do mundo real".
Com agências internacionais
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