São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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Polícia solta todos os acusados de tramar ataque a Bento 16

Papa encerra viagem ao Reino Unido com cerimônia para 50 mil pessoas sob chuva

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

A polícia britânica libertou os seis homens que foram presos na sexta-feira sob suspeita de que tramavam um atentado contra o papa Bento 16, que esteve no país de quinta-feira até ontem.
Não foi encontrada nenhuma prova contra eles.
O jornal "Sunday Mirror" diz que a razão da prisão foi apenas uma piada contada no refeitório da empresa em que cinco dos seis trabalhavam como varredores de rua.
Segundo o jornal, os homens, supostamente muçulmanos, brincavam sobre matar o papa. Um colega ouviu, achou que fosse sério e chamou a polícia, que foi à empresa e fez as prisões.
Bento 16 terminou sua visita com uma cerimônia para beatificar John Henry Newman (1801-1890), poeta e ensaísta que deixou a Igreja Anglicana, se converteu ao catolicismo e virou padre.
Cerca de 50 mil pessoas assistiram à cerimônia, embaixo de chuva. Foi uma prova do sucesso da visita.
Muitos temiam que fosse um fiasco, devido à apatia dos ingleses e aos seguidos protestos contra a forma como a igreja trata os abusos de crianças cometidos por padres. Mas os protestos foram pequenos: menos de 10 mil pessoas estiveram em uma passeata em Londres, contra 80 mil presentes numa vigília com o papa no Hyde Park.
Nos quatro dias, Bento 16 enfatizou o mesmo discurso: o mundo vive um secularismo exagerado e a marginalização da religião, principalmente o catolicismo, coloca a sociedade sob risco, uma vez que decisões políticas e econômicas são tomadas sem uma preocupação ética.
Difícil saber quantos concordam com o papa. Mas muitos o ouviram, por TVs, rádios e jornais, que fizeram coberturas extensivas da viagem. E essa é umas das principais razões para as visitas papais: ampliar o número de pessoas que o ouvem.


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