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DISPUTA NA ONU
Guatemala pode desistir de CS se Venezuela fizer o mesmo
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
No quarto dia de impasse
sobre a eleição do membro
não-permanente latino-americano para o Conselho
de Segurança da ONU, a
Guatemala indicou que pode
abrir mão da disputa com a
Venezuela caso o adversário
se comprometa a fazer o
mesmo. Mas, em Caracas, o
presidente Hugo Chávez disse que "não negocia a vaga" e
que "vai derrotar os EUA no
campo de guerra", referindo-se ao apoio de Washington
ao país centro-americano.
Diplomatas querem a suspensão do processo por ao
menos cinco dias, para o feriado islâmico do Eid al Fitr.
O processo parou outras votações da Assembléia Geral.
Na 35ª votação, ontem, os
guatemaltecos receberam
103 votos, contra 81 dos venezuelanos. São necessários
dois terços dos 192 membros
da Assembléia da ONU para
se eleger para o CS.
"Continuaremos a batalha
e, no devido momento, quando estivermos absolutamente convencidos de não poder
seguir adiante, trataremos
de nos associar a nosso grupo
regional e procurar um candidato de consenso", disse o
chanceler da Guatemala,
Gert Ronsenthal.
Com isso, cresce a possibilidade de uma terceira via. O
candidato mais cotado é o
Uruguai, que mantém boas
relações com a Venezuela e
já tem o apoio do Chile, país
também cogitado para a vaga. Ao lado da presidente chilena, Michelle Bachelet, a
primeira-ministra alemã,
Angela Merkel, disse ontem
que "não pode apoiar a política de Hugo Chávez devido a
sua aprovação aberta ao Irã".
A Venezuela já esteve quatro vezes no Conselho de Segurança e a Guatemala, nenhuma. A vaga disputada será liberada pela Argentina
em 31 de dezembro.
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