São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 2006

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DISPUTA NA ONU

Guatemala pode desistir de CS se Venezuela fizer o mesmo

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK

No quarto dia de impasse sobre a eleição do membro não-permanente latino-americano para o Conselho de Segurança da ONU, a Guatemala indicou que pode abrir mão da disputa com a Venezuela caso o adversário se comprometa a fazer o mesmo. Mas, em Caracas, o presidente Hugo Chávez disse que "não negocia a vaga" e que "vai derrotar os EUA no campo de guerra", referindo-se ao apoio de Washington ao país centro-americano.
Diplomatas querem a suspensão do processo por ao menos cinco dias, para o feriado islâmico do Eid al Fitr. O processo parou outras votações da Assembléia Geral.
Na 35ª votação, ontem, os guatemaltecos receberam 103 votos, contra 81 dos venezuelanos. São necessários dois terços dos 192 membros da Assembléia da ONU para se eleger para o CS.
"Continuaremos a batalha e, no devido momento, quando estivermos absolutamente convencidos de não poder seguir adiante, trataremos de nos associar a nosso grupo regional e procurar um candidato de consenso", disse o chanceler da Guatemala, Gert Ronsenthal.
Com isso, cresce a possibilidade de uma terceira via. O candidato mais cotado é o Uruguai, que mantém boas relações com a Venezuela e já tem o apoio do Chile, país também cogitado para a vaga. Ao lado da presidente chilena, Michelle Bachelet, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, disse ontem que "não pode apoiar a política de Hugo Chávez devido a sua aprovação aberta ao Irã".
A Venezuela já esteve quatro vezes no Conselho de Segurança e a Guatemala, nenhuma. A vaga disputada será liberada pela Argentina em 31 de dezembro.


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