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Greve ainda afeta trens e metrôs em toda a França
DA REDAÇÃO
Trens, metrôs e ônibus urbanos funcionavam ontem na
França de modo ainda precário, no segundo dia da greve desencadeada contra o plano do
presidente Sarkozy de pôr fim
ao regime especial de aposentadorias que beneficia os trabalhadores dos transportes. Na
quinta-feira, 73,5% dos assalariados cruzaram os braços, porcentagem que ontem diminuiu
bastante, embora não existam
números oficiais.
Dos oito sindicatos do setor
ferroviário, os dois maiores
exortavam seus filiados a não
voltarem ao trabalho. Mas uma
dessas organizações, a FGAAC,
negociou anteontem um acordo em separado que facultava
aos maquinistas aposentarem-se aos 50 anos, em troca de uma
pensão bem menor.
Um levantamento feito pelo
"Le Monde" às 20h30 locais indicava que de 50% a 60% dos
trens circulavam normalmente. O serviço mais afetado continuava sendo o das composições de alta velocidade.
No metrô parisiense circulavam em média duas a cada três
composições. Uma das linhas
urbanas expressas continuava
paralisada. Circulavam 70%
dos ônibus urbanos.
O ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, receberá as lideranças grevistas na semana que
vem, fortalecido pela impopularidade da ação sindical -a
maior no país desde 1995.
O jornal "Le Figaro" publicou pesquisa segundo a qual
67% dos franceses esperam que
Sarkozy não recue da idéia de
reformar as aposentadorias.
Os trabalhadores do setor de
transportes -a exemplo dos
das estatais de gás, dos bancos
públicos e da Ópera de Paris-
aposentam-se com 37,5 anos de
contribuição à Previdência,
contra 40 anos para os demais
funcionários públicos. O mecanismo parte do pressuposto de
que são atividades estafantes e
por isso exigem regime diferenciado. Entre os ferroviários,
tais acordos igualam maquinistas, que trabalham sob tensão, a
assalariados burocráticos ou da
manutenção das redes.
Com agências internacionais
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