São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Israel veta Twitter em instalações militares

Objetivo é evitar o vazamento de dados sensíveis ou constrangedores

Decisão ocorre após escândalos; Exército do Brasil também deve anunciar regulação de uso de redes sociais

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

LUIS KAWAGUTI
DE SÃO PAULO

O comando das Forças Armadas de Israel decidiu proibir o uso de mídias sociais como Twitter e Facebook em suas bases militares.
O objetivo é evitar o vazamento de informações sensíveis, mas também conter a propagação de conteúdos constrangedores.
Nos últimos meses, fotos de soldados ao lado de prisioneiros palestinos vendados ou em outras situações humilhantes foram exibidas em suas páginas pessoais no Facebook, criando embaraço em escala mundial para o Exército israelense.
O coronel Gadi Abudi disse à agência Associated Press que a proibição foi imposta para prevenir a chegada de dados sigilosos aos "inimigos" de Israel.
Segundo o militar, a norma vale somente nas bases, onde o uso de mídias sociais em computadores militares poderia comprometer a segurança do equipamento. A restrição também se aplica a celulares.
Além das fotos eticamente condenáveis postadas no Facebook, o Exército de Israel foi alvo das mídias sociais em outros casos recentes.
Num deles, um treinamento militar chegou a ser cancelado depois que um soldado revelou os planos em sua página do Facebook.
Durante a Segunda Guerra do Líbano, em 2006, o abuso de celulares por soldados no território inimigo levou o Exército a banir o uso do aparelho quando lançou a ofensiva contra a faixa de Gaza, dois anos depois.

NO BRASIL
O Exército brasileiro deve publicar nos próximos dias uma portaria que regulará o uso de ferramentas da internet, como Twitter, Orkut, Facebook e YouTube por praças e oficiais. Com a norma, o Exército pretende ainda usar os recursos da internet para divulgação institucional.
A portaria vai prever punições para militares que divulguem, sem autorização, informações consideradas confidenciais.
No início da missão de paz no Haiti, informações foram vazadas pela internet. Um exemplo foi uma suposta invasão irregular por fuzileiros da Marinha à alfândega do país -cuja investigação ainda estava em curso-, publicada no Orkut por militares.
Segundo a assessoria de imprensa, a portaria tem como objetivo oficializar novos meios para a divulgação do Exército para a sociedade. A reestruturação do portal do Exército na internet ocorrerá em 3 de novembro.


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