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São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2003

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COMPORTAMENTO

Questão poderá transformar-se num dos principais temas da eleição presidencial americana de 2004

Vaticano ataca Justiça dos EUA por união gay

DA REDAÇÃO

Um dia após a Suprema Corte do Estado de Massachusetts, nos EUA, ter deliberado que o governo não tem poderes para impedir casamentos entre pessoas do mesmo sexo, o Vaticano reagiu por intermédio de um dos mais importantes teólogos católicos. O padre Gino Concetti afirmou em Roma que a decisão sancionava uma "desordem moral contra o plano de criação de Deus".
Concetti, que assessora o papa João Paulo 2º em questões sobre a sexualidade, definiu a sentença como "grave e presunçosa". "Deus fez o homem e a mulher como dois seres iguais e complementares, não apenas para amarem um ao outro mas também para procriarem", completou.

Tema para 2004
Com casos similares correndo na Justiça de pelo menos outros três Estados, o casamento de gays poderá se transformar num dos principais temas da eleição presidencial de 2004 nos EUA.
Isso seria ruim para os democratas, que têm maior identidade com as minorias. Como, segundo pesquisa recente, 59% da população se opõem ao casamento de gays, ficaria difícil defender o seu eleitorado tradicional.
Pelo lado republicano, a questão é vista como uma maneira de impedir que o americano conservador fique em casa no dia da eleição (o voto não é obrigatório nos EUA). Provocando em torno do casamento gay a mesma polêmica com que foi tratado o aborto em eleições passadas, os republicanos acreditam gerar a motivação suficiente para levar seus simpatizantes a sair de casa e se dirigir às cabines de voto.
Em Londres, o presidente George W. Bush definiu ontem o casamento como "uma instituição sagrada entre um homem e uma mulher" e prometeu "fazer tudo o que for legalmente necessário para defender sua santidade".


Com agências internacionais


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