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Chefe da Interpol no México é detido por ligação com tráfico
Procuradoria pediu prisão preventiva por 40 dias de Ricardo Gutiérrez, da polícia federal, porém não especificou acusação
Ação faz parte da "Operação Limpeza", iniciada em julho; nas últimas semanas, foram presos cinco policiais que integravam alto escalão
DA REDAÇÃO
O oficial da polícia federal do
México responsável pelas operações da Interpol (polícia internacional) no país foi detido,
no último domingo, a pedido da
PGR (Procuradoria Geral da
República), sob a acusação de
envolvimento com o narcotráfico. Ricardo Gutiérrez Vargas
foi preso preventivamente, por
40 dias, em ação da "Operação
Limpeza", de combate à infiltração de cartéis no Estado.
A PGR não especificou as
acusações, mas, em nota divulgada anteontem à noite, disse
se tratar de prisão no marco das
"investigações contra funcionários públicos que deram informações confidenciais a pessoas não autorizadas". Gutiérrez é o quinto oficial de polícia
de alto escalão a ser detido nas
últimas semanas.
No começo deste mês, o chefe da polícia federal, Gerardo
Garay, renunciou depois que
um de seus assessores foi acusado de integrar o cartel de Sinaloa, e o ex-número dois da
polícia federal Rodolfo de la
Guardia Garcia foi preso, acusado de ligação com o tráfico.
A Interpol anunciou ontem o
envio de uma missão ao México
para determinar se Gutiérrez
utilizou indevidamente os seus
sistemas e bancos de dados,
mas ressaltou não ter jurisdição para investigá-lo, tarefa a
cargo das autoridades locais.
A "Operação Limpeza", iniciada em julho, é parte de uma
ofensiva levada a cabo pelo governo Felipe Calderón contra
os cartéis de narcotraficantes
no país, que controlam as rotas
do tráfico para os EUA. Apenas
neste ano, estima-se que entre
4.300 e 5.000 mortes estejam
relacionadas ao narcotráfico.
Na terça, o Exército mexicano, com apoio da Marinha e das
polícias federal e estadual, assumiu o patrulhamento na cidade de Tijuana, no litoral do
oceano Pacífico e fronteiriça
com os EUA. A operação, que
afastou 500 policiais municipais, durará um mês, de acordo
com o prefeito, Jorge Ramos.
A cidade é uma das mais atingidas pela onda de violência decorrente das disputas entre os
cartéis e destes com forças de
segurança. Em 2006, logo após
assumir, Calderón colocou 36
mil soldados para combater o
narcotráfico. Das mortes atribuídas à atividade neste ano,
quase 650 ocorreram em Tijuana, 14 delas em chacina na última segunda.
Com agências internacionais
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