São Paulo, Segunda-feira, 20 de Dezembro de 1999


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TRAGÉDIA
Governo divulga nova estimativa do número de vítimas de enchentes e deslizamentos
Chuvas já mataram mil venezuelanos

das agências internacionais

As chuvas que atingiram a Venezuela na semana passada já estão sendo consideradas o maior desastre natural ocorrido na história recente do país.
O número de pelo menos mil mortos, anunciado ontem, supera o do terremoto de 1967, que matou cerca de 300.
O total de pessoas mortas em consequência das chuvas deve aumentar, segundo disse o general venezuelano Ísaias Baduer.
No sábado, o presidente do país, Hugo Chávez, já havia anunciado que 550 corpos foram encontrados no Estado de Vargas (costa norte do país), um dos pontos mais atingidos pelas chuvas. Caracas, a capital do país, já conta 80 mortos.
Segundo o governo, há 6.000 desaparecidos e cerca de 150 mil desabrigados pelas chuvas, as mais fortes no país desde 1951 e que começaram na quarta -dia do plebiscito que aprovou a nova Constituição do país- e acabaram na sexta. O prefeito de La Guaira, maior porto da Venezuela, disse que o número de desaparecidos pode chegar a 25 mil.
O vice-ministro da Justiça, Vassili Kotosi, declarou que 150 cadáveres localizados em Vargas foram transladados ontem para Caracas e seriam enterrados num cemitério público devido ao estado de decomposição, que não permite a identificação.
Os corpos foram colocados em um galpão do aeroporto internacional de Caracas.
O ministro da Defesa, Raúl Salazar, disse que 35 mil pessoas foram resgatadas com vida em Vargas. Cerca 3.000 militares estão trabalhando no resgate.

Solidariedade
Em um presídio do país, os detentos abdicaram de uma de suas refeições para cedê-las a desabrigados. Empresários estão emprestando máquinas para auxiliar no resgate.
Cuba, Estados Unidos e México enviaram apoio logístico. A Espanha enviou US$ 500 mil. Outros países europeus doaram alimentos.


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