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TRAGÉDIA
Governo divulga nova estimativa do número de vítimas de enchentes e deslizamentos
Chuvas já mataram mil venezuelanos
das agências internacionais
As chuvas que atingiram a Venezuela na semana passada já
estão sendo consideradas o
maior desastre natural ocorrido
na história recente do país.
O número de pelo menos mil
mortos, anunciado ontem, supera o do terremoto de 1967, que
matou cerca de 300.
O total de pessoas mortas em
consequência das chuvas deve
aumentar, segundo disse o general venezuelano Ísaias Baduer.
No sábado, o presidente do
país, Hugo Chávez, já havia
anunciado que 550 corpos foram encontrados no Estado de
Vargas (costa norte do país), um
dos pontos mais atingidos pelas
chuvas. Caracas, a capital do
país, já conta 80 mortos.
Segundo o governo, há 6.000
desaparecidos e cerca de 150 mil
desabrigados pelas chuvas, as
mais fortes no país desde 1951 e
que começaram na quarta -dia
do plebiscito que aprovou a nova Constituição do país- e acabaram na sexta. O prefeito de La
Guaira, maior porto da Venezuela, disse que o número de desaparecidos pode chegar a 25
mil.
O vice-ministro da Justiça,
Vassili Kotosi, declarou que 150
cadáveres localizados em Vargas
foram transladados ontem para
Caracas e seriam enterrados
num cemitério público devido
ao estado de decomposição, que
não permite a identificação.
Os corpos foram colocados em
um galpão do aeroporto internacional de Caracas.
O ministro da Defesa, Raúl Salazar, disse que 35 mil pessoas
foram resgatadas com vida em
Vargas. Cerca 3.000 militares estão trabalhando no resgate.
Solidariedade
Em um presídio do país, os detentos abdicaram de uma de
suas refeições para cedê-las a desabrigados. Empresários estão
emprestando máquinas para
auxiliar no resgate.
Cuba, Estados Unidos e México enviaram apoio logístico. A
Espanha enviou US$ 500 mil.
Outros países europeus doaram
alimentos.
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