São Paulo, quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

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BÉLGICA

Com mandato de 93 dias, novo governo assume após hiato

DA REDAÇÃO

Depois de ficar acéfala por 192 dias, a Bélgica tem desde ontem um novo governo. Mas o primeiro-ministro indicado, Guy Verhofstadt, que negociou um acordo com cinco partidos, formou um gabinete que deverá durar apenas até 23 de março.
Ele tentará até lá ampliar sua base de apoio, capaz de conciliar os interesses das comunidades flamenga (que fala holandês) e valã (de língua francesa). Ambas expuseram o país de 177 anos ao risco de uma definitiva cisão.
O gabinete interino deverá prestar juramento amanhã e ser submetido domingo a um voto de confiança no Parlamento. Sua formação foi apressada em razão da necessidade de votação do Orçamento para 2008.
Os ministros também terão em pauta a contenção da alta dos combustíveis e o esboço de uma reforma institucional que dificulte novas crises. É um tema no qual fracassou Yves Leterme, que por três meses tentou formar um governo belga.
Os flamengos reivindicam maior autonomia administrativa e financeira. Eles são 6 milhões dos 10,4 milhões de belgas e têm um peso econômico maior que a Valônia.
Os Flandres querem legislar sobre mercado de trabalho e impostos, hoje uma prerrogativa do governo central. Entre os valões o desemprego é duas vezes maior, o que levanta a suspeita de que os flamengos deixariam de financiar o seguro-desemprego da outra comunidade.


Com agências internacionais


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