São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 2008

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Jornalista que lançou sapatos foi agredido, afirma juiz

DA REDAÇÃO

O jornalista que lançou seus sapatos contra George W. Bush foi agredido depois de detido e tinha hematomas na face, afirmou ontem o juiz que conduz a investigação do incidente.
O magistrado Dhia al Kinani disse que iniciou investigação das agressões ao repórter Muntader al Zaidi, 29. "Veremos as imagens da entrevista coletiva e escreveremos um pedido oficial solicitando os nomes dos que o atacaram", disse ele, enfatizando que Zaidi tem o direito de abrir mão da acusação.
Contudo, o mesmo não se aplica à investigação contra ele, ainda que nem Bush nem o premiê Nuri al Maliki tenham formalizado queixas. "Esse caso foi aberto por conta de um artigo de lei sobre proteção da soberania", explicou o juiz, confirmando que Zaidi escreveu uma carta pedindo desculpas ao premiê. Segundo o magistrado, no atual momento da investigação, o perdão não se aplica. Só pode ser concedido após eventual condenação.
Fora do Iraque, o caso continua ecoando. O Departamento de Estado dos EUA disse esperar que o episódio não relegue a um plano secundário o encontro de Bush com Maliki. No Irã, um aiatolá elogiou o gesto, que chamou de "intifada do sapato". Na Ucrânia, um repórter de origem russa lançou -e acertou- uma bota contra um representante da Otan que dava palestra sobre as vantagens da integração ucraniana à aliança militar ocidental.

Baath
O Ministério do Interior iraquiano informou que as 19 pessoas que tinham sido detidas anteontem, suspeitas de conspirar para a recriação do Partido Baath (legenda de Saddam Hussein) foram soltas.


Com agências internacionais


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