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Jornalista que lançou sapatos foi agredido, afirma juiz
DA REDAÇÃO
O jornalista que lançou seus
sapatos contra George W. Bush
foi agredido depois de detido e
tinha hematomas na face, afirmou ontem o juiz que conduz a
investigação do incidente.
O magistrado Dhia al Kinani
disse que iniciou investigação
das agressões ao repórter Muntader al Zaidi, 29. "Veremos as
imagens da entrevista coletiva
e escreveremos um pedido oficial solicitando os nomes dos
que o atacaram", disse ele, enfatizando que Zaidi tem o direito de abrir mão da acusação.
Contudo, o mesmo não se
aplica à investigação contra ele,
ainda que nem Bush nem o premiê Nuri al Maliki tenham formalizado queixas. "Esse caso
foi aberto por conta de um artigo de lei sobre proteção da soberania", explicou o juiz, confirmando que Zaidi escreveu
uma carta pedindo desculpas
ao premiê. Segundo o magistrado, no atual momento da investigação, o perdão não se aplica.
Só pode ser concedido após
eventual condenação.
Fora do Iraque, o caso continua ecoando. O Departamento
de Estado dos EUA disse esperar que o episódio não relegue a
um plano secundário o encontro de Bush com Maliki. No Irã,
um aiatolá elogiou o gesto, que
chamou de "intifada do sapato". Na Ucrânia, um repórter de
origem russa lançou -e acertou- uma bota contra um representante da Otan que dava
palestra sobre as vantagens da
integração ucraniana à aliança
militar ocidental.
Baath
O Ministério do Interior iraquiano informou que as 19 pessoas que tinham sido detidas
anteontem, suspeitas de conspirar para a recriação do Partido Baath (legenda de Saddam
Hussein) foram soltas.
Com agências internacionais
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