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São Paulo, terça-feira, 21 de janeiro de 2003

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PANORÂMICA

RELIGIÃO

Papa pede a divorciados que sigam na vida religiosa, apesar de restrições da igreja
O papa João Paulo 2º pediu ontem que os católicos divorciados continuem a participar da vida religiosa de suas comunidades, apesar de reafirmar que eles não podem receber os sacramentos (são sete: batismo, crisma, eucaristia, confissão, ordem, matrimônio e extrema-unção).
"Desejo expressar minha proximidade espiritual para com as pessoas separadas, divorciadas e divorciadas que voltam a se casar, já que, como batizados, estão chamadas a participar da vida da comunidade cristã, mas respeitando as regras da igreja", disse João Paulo 2º.
A declaração foi feita durante uma audiência em que o chefe da Igreja Católica recebeu a organização Equipes de Nossa Senhora, que se dedica a ajudar casais passando por crises matrimoniais. A doutrina do Vaticano considera que o casamento é um laço indissolúvel. Por causa disso, a Igreja Católica impede que os divorciados recebam a comunhão. Críticos da posição dizem ser absurdo poder ministrar a comunhão a mafiosos e assassinos arrependidos, e não a divorciados.
João Paulo 2º defende a manutenção dos valores cristãos tradicionais e se declara contra o divórcio, o aborto e o uso de preservativos e contraceptivos.
"Por toda a vida, os cônjuges cristãos recebem a missão de manifestar de maneira visível a aliança indissolúvel de Deus com o mundo. A fé cristã apresenta o casamento como uma "boa nova': uma relação recíproca e total, única e indissolúvel, entre um homem e uma mulher, chamados a doar a vida", disse o papa.
"Quero que minha oração seja recebida também nos lares que atravessam essa prova. Que possam encontrar em seus caminhos o afeto e a misericórdia de Deus", concluiu o papa João Paulo 2º.


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