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EUA anunciam envio de mais 4.000 homens
DA REDAÇÃO
Os EUA confirmaram ontem
que enviarão mais 4.000 militares, além dos já destacados,
para os esforços de resgate pós-terremoto no Haiti, levando o
contingente total do país a quase 16 mil homens. Já é mais da
metade das tropas de reforço
dos EUA que deverão chegar
neste ano ao Afeganistão, onde
o governo de Barack Obama
empreende uma guerra contra
radicais islâmicos.
Dos 4.000 novos enviados,
2.000 são fuzileiros navais que
serão desviados de missões
programadas para o Oriente
Médio e a África, segundo informou o Departamento da Defesa. Eles embarcarão na Carolina do Norte em três navios
que a Marinha deslocou para o
Haiti, unindo-se aos 2.000 marinheiros já a bordo. A expectativa é que o pessoal chegue ao
país hoje mesmo.
De acordo com o Pentágono,
já há 11.500 militares americanos no solo haitiano ou em embarcações atracadas nas águas
do país. Ontem, chegou a águas
haitianas, em frente a Porto
Príncipe, o navio-hospital da
Marinha americana USNS
Comfort, a bordo do qual se encontram 500 profissionais médicos. Ao menos duas vítimas
seriamente feridas foram
transportadas de helicóptero à
embarcação.
O secretário da Defesa americano, Robert Gates, afirmou
que os EUA enviaram ainda ao
Haiti equipamentos para remover escombros do leito marinho na costa de Porto Príncipe e que, em duas semanas, o
porto da capital deve ser reativado, permitindo uma nova via
para entrada de ajuda ao país.
O alto número de militares
dos EUA e sua ação no Haiti,
onde assumiram o controle do
aeroporto com anuência do governo local, despertaram críticas em outros países, que reclamam da "descoordenação" das
ações de ajuda.
O controle sobre o aeroporto
haitiano tem sido a principal
crítica. O presidente do Haiti,
René Préval, porém, defendeu
o papel dos EUA -que ocupam
agora também o entorno da sede presidencial-, afirmando
não ver "problema ideológico"
em receber ajuda de quem pode
fornecê-la.
Com agências internacionais
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