DA REDAÇÃO

Depois da explosão que deixou 65 trabalhadores presos numa mina de carvão mexicana, colegas e equipes de resgate passaram mais de 30 horas escavando para tentar alcançá-los -sem sucesso.
Oito mineradores que estavam na entrada da mina Pasta de Conchos, na cidade de San Juan de Sabinas, haviam sido resgatados anteontem. Os 65 que ficaram presos estavam a 180 metros de profundidade.
Supõe-se que a explosão tenha sido causada por acúmulo de gases no interior da mina. Como os trabalhadores tinham um suprimento de oxigênio estimado em seis horas de duração, ontem as esperanças de alguém ser encontrado com vida eram pequenas.
As equipes de resgate conseguiram avançar cerca de 400 metros no interior da mina, até perto de onde estariam dois operadores de esteira. Acredita-se que os demais estivessem entre dois e cinco quilômetros túnel adentro.
Juan Rebolledo, vice-presidente para relações internacionais do Grupo México, dono da mina, declarou que há tanques de oxigênio espalhados por toda a área, mas que é impossível saber se algum minerador teve acesso a eles.
Embora se falasse também na possibilidade de eventuais sobreviventes recorrerem a dutos de ventilação da mina, ontem as picaretas foram trocadas por orações. Padres e pastores da região formaram uma corrente para rezar pelos homens, acompanhados de cerca de 300 pessoas.
"Não saio até meu marido estar fora da mina", disse Claudia Medina, cujo marido trabalhava na mina havia um mês.