UOL


São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÍNTEGRA

Leia o pronunciamento de Lula sobre a guerra no Iraque

A seguir, o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito do conflito no Iraque.
 
Eu quero me dirigir a vocês, da imprensa brasileira e ao povo brasileiro, para lamentar o início da ação armada no Iraque e, em particular, o recurso à força e sem a autorização expressa do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Desde que assumi a Presidência, tomei uma série de iniciativas em busca de uma solução pacífica para a crise, com o pleno cumprimento pelo Iraque das resoluções do Conselho de Segurança.
Nesse sentido, conversei, pessoalmente e por telefone, com vários líderes e governantes do mundo.
Até o último momento, estive empenhado em buscar uma solução negociada. Com este objetivo, fiz repetidos contatos com o secretário-geral das Nações Unidas. Da nossa parte, a diplomacia brasileira e eu pessoalmente fizemos todo o possível para que o conflito fosse evitado.
Diante do início da guerra, preocupa-nos o sofrimento de inocentes, cujas vidas devem ser preservadas. Faço um apelo para que sejam respeitadas as normas do direito internacional humanitário, principalmente no que se refere à proteção das populações civis e dos refugiados.
Inquietam-nos também repercussões regionais e internacionais do conflito. Não queremos ver o agravamento da instabilidade no Oriente Médio, região de onde descendem milhões de brasileiros e brasileiras e à qual nos unem laços de amizade e cooperação.
Todos precisamos de estabilidade e de paz, para levar adiante nossa luta pelo desenvolvimento econômico com justiça social.
Estamos tomando todas as providências para que o povo brasileiro não sofra com os efeitos da guerra.
Estamos cuidando do abastecimento, da saúde, da vigilância de nossas fronteiras e do apoio aos brasileiros que vivem na região afetada pelo conflito.
Estou certo de que, com todas essas atitudes, interpreto o sentimento do povo brasileiro, que deseja viver num mundo pacífico, em que as normas do direito internacional sejam plenamente respeitadas.
Obrigado.


Texto Anterior: São Paulo terá atos contra a guerra hoje
Próximo Texto: América Latina lamenta início dos bombardeios
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.