São Paulo, segunda-feira, 21 de março de 2011

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No Rio, Obama monitorou guerra de perto

PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

A Casa Branca relatou ontem que o presidente Barack Obama "deu as ordens finais" para a invasão da Líbia durante uma teleconferência iniciada no sábado às 12h, enquanto estava em Brasília.
Às 12h17, logo após o encontro bilateral com a presidente Dilma Rousseff, Obama entrou na conferência com a secretária de Estado, Hillary Clinton, o secretário de Defesa, Bob Gates, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas conjuntas, Mike Mullen, e Denis McDonough, vice-chefe do Conselho Nacional de Segurança.
Durante a conferência, ele deu as ordens para os EUA participarem da ação. Foi por isso que ele se atrasou para sua declaração conjunta com Dilma -prevista para 11h40, acabou sendo realizada às 13h.
Ontem de manhã, Obama cancelou sua visita ao Cristo Redentor e Corcovado para participar de outra teleconferência sobre a Líbia. A Casa Branca montou uma conferência "segura", em lugar não identificado, com todas as providências para que a comunicação não vazasse.
Um dos locais normalmente usado é o Air Force One, o avião que transporta o presidente.
Às 9h30, ele entrou na conferência com Gates, Hillary, Mullen, e o comandante das forças americanas na África.
Foi feita uma avaliação das operações da noite anterior na Líbia. Hillary falou sobre as negociações diplomáticas da coalizão e, por fim, sobre a próxima fase da missão.
Às 12h, Obama ligou para o rei da jordânia, Abdullah, para falar sobre a participação da Liga Árabe.
A Casa Branca afirmou que Dilma "não
não expressou nenhum desconforto em seu encontro com Obama, em relação à decisão de avançar nas ações na Líbia", segundo Dan Restrepo, assessor da Casa Branca para o Hemisfério Ocidental.
"O presidente Obama ressaltou que se tratava obviamente de uma decisão difícil que a comunidade internacional havia feito, e falou sobre a responsabilidade de ser um líder na comunidade internacional", descreveu o assessor da Casa Branca.


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