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Diretor nacional de inteligência dos EUA apresenta renúncia
Decisão ocorre após relatório do Senado constatar
que setor falhou em prevenir ataques contra o país
DA REDAÇÃO
Dennis Blair, diretor nacional de inteligência dos EUA,
anunciou ontem sua renúncia,
a primeira grande mudança na
equipe de segurança nacional
do presidente Barack Obama.
A gestão de Blair, que durou
16 meses, foi marcada por conflitos com a CIA e críticas pelo
fracasso em prevenir uma tentativa de explodir um avião
americano no último Natal.
"É com profundo pesar que
informei hoje [ontem] ao presidente que irei renunciar ao cargo de diretor nacional de inteligência", afirmou Blair em um
comunicado.
Obama, por sua vez, elogiou o
"notável histórico de serviço"
de Blair. "Durante o período
como diretor de segurança nacional, nossa comunidade de
inteligência teve um desempenho admirável e efetivo em um
momento de grandes desafios a
nossa segurança, e eu valorizo
seu senso de propósito e patriotismo", disse o presidente, também em um comunicado.
Obama assumiu a responsabilidade final pelos lapsos expostos pelo plano terrorista do
Natal, que foi frustrado, mas a
reputação do setor de inteligência ficou abalada.
Um relatório do Senado divulgado nesta semana concluiu
que as agências de inteligência
e de contraterrorismo perderam oportunidades de prevenir
o plano devido a erros humanos e técnicos.
Para conter as consequências políticas após o ataque do
Natal e do de 1º de maio, em Times Square (Nova York), a Casa Branca voltou-se para o assessor de contraterrorismo
John Brennan, em vez de Blair,
para liderar os esforços junto à
opinião pública.
Funcionários do governo que
acompanham o desdobramento da renúncia disseram que a
Casa Branca já começou a entrevistas "diversos candidatos
fortes" para o posto.
Enquanto isso, James Clapper, subsecretário do Ministério da Defesa para Inteligência,
pode ocupar o posto interinamente, segundo afirmou uma
fonte do governo à agência
Reuters, sob condição de anonimato.
Com agências internacionais
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