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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Sharon vê Mazen e promete soltar mais palestinos

DA REUTERS

Israel anunciou ontem ter concordado com a libertação de centenas de prisioneiros palestinos. O anúncio ocorreu após encontro dos premiês de Israel, Ariel Sharon, e palestino, Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu Mazen, na residência oficial do israelense, em Jerusalém.
Os palestinos queriam a libertação da maioria dos cerca de 6.000 prisioneiros. Mesmo assim, o ministro da Informação, Nabil Amr, considerou o gesto israelense um "progresso positivo" no plano de paz que busca por fim a 33 meses de Intifada, a revolta palestina. Ontem, um palestino que tentava armar uma bomba em Jenin (Cijordânia) foi morto por soldados israelenses.
A lista dos libertados será definida após encontros separados de Sharon e Mazen em Washington com o presidente dos EUA, George W. Bush, até o final do mês.
O governo israelense disse em nota que Sharon reconheceu "o fato de que o terrorismo e o incitamento [antiisraelense] diminuem significativamente". Mas afirmou que o premiê insistiu no desmantelamento dos grupos terroristas, como prevê o plano de paz, antes de Israel se retirar de mais cidades palestinas. O país já retirou tropas de parte da faixa de Gaza e de Belém (Cisjordânia), onde passou a segurança à Autoridade Nacional Palestina (ANP).
O encontro de ontem foi o quarto entre Sharon e Mazen desde que o palestino assumiu o cargo, em abril, após Israel e EUA exigirem que o presidente da ANP, Iasser Arafat, fosse afastado das negociações, acusado de tolerar ou apoiar o terrorismo. Ele nega.
Mazen pediu a Sharon o fim das restrições a Arafat, impedido de deixar seu QG em Ramallah (Cisjordânia) há meses. Ontem, Arafat assinou um decreto proibindo "a incitação à violência" e a "violação de acordos assinados" pelas autoridades palestinas com Israel, similar a outro de 1998.

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