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ORIENTE MÉDIO
Sharon vê Mazen e promete soltar mais palestinos
DA REUTERS
Israel anunciou ontem ter concordado com a libertação de centenas de prisioneiros palestinos.
O anúncio ocorreu após encontro
dos premiês de Israel, Ariel Sharon, e palestino, Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu
Mazen, na residência oficial do israelense, em Jerusalém.
Os palestinos queriam a libertação da maioria dos cerca de 6.000
prisioneiros. Mesmo assim, o ministro da Informação, Nabil Amr,
considerou o gesto israelense um
"progresso positivo" no plano de
paz que busca por fim a 33 meses
de Intifada, a revolta palestina.
Ontem, um palestino que tentava
armar uma bomba em Jenin (Cijordânia) foi morto por soldados
israelenses.
A lista dos libertados será definida após encontros separados de
Sharon e Mazen em Washington
com o presidente dos EUA, George W. Bush, até o final do mês.
O governo israelense disse em
nota que Sharon reconheceu "o
fato de que o terrorismo e o incitamento [antiisraelense] diminuem significativamente". Mas
afirmou que o premiê insistiu no
desmantelamento dos grupos terroristas, como prevê o plano de
paz, antes de Israel se retirar de
mais cidades palestinas. O país já
retirou tropas de parte da faixa de
Gaza e de Belém (Cisjordânia),
onde passou a segurança à Autoridade Nacional Palestina (ANP).
O encontro de ontem foi o quarto entre Sharon e Mazen desde
que o palestino assumiu o cargo,
em abril, após Israel e EUA exigirem que o presidente da ANP,
Iasser Arafat, fosse afastado das
negociações, acusado de tolerar
ou apoiar o terrorismo. Ele nega.
Mazen pediu a Sharon o fim das
restrições a Arafat, impedido de
deixar seu QG em Ramallah (Cisjordânia) há meses. Ontem, Arafat assinou um decreto proibindo
"a incitação à violência" e a "violação de acordos assinados" pelas
autoridades palestinas com Israel,
similar a outro de 1998.
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