São Paulo, quarta-feira, 21 de julho de 2004

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Choques matam 1 do Hizbollah e 2 israelenses

DA REDAÇÃO

Conflitos entre o Hizbollah e soldados israelenses, perto da fronteira entre o Líbano e Israel, mataram dois soldados israelenses e um membro do grupo extremista xiita libanês, um dia depois de o Hizbollah acusar Israel de matar um de seus líderes.
Israel afirma que o Hizbollah iniciou o confronto com tiros de franco-atiradores. Já o grupo diz que Israel primeiro bombardeou suas posições no sul do Líbano.
Testemunhas disseram que helicópteros de combate e tanques israelenses atacaram ao menos duas bases do Hizbollah. No início da noite, dois helicópteros israelenses sobrevoaram a capital libanesa, Beirute, quebrando a barreira do som e provocando reação de armamentos antiaéreos do Exército libanês e da Síria, que controla o Líbano.
Beirute encaminhou ao Conselho de Segurança da ONU uma reclamação formal contra as ações de Israel.
Um oficial do Exército israelense que não quis ser identificado afirmou que a ação dos dois helicópteros israelenses no Líbano foi uma "mensagem para o governo" do país. Segundo ele, Israel quis mostrar que Beirute tem de policiar a região fronteiriça para evitar ataques. A região é dominada pelo Hizbollah, que tem o apoio do Irã e da Síria.
O Exército de Israel disse que dois de seus soldados foram mortos pelo Hizbollah quando consertavam equipamentos no telhado de seu posto de controle perto da fronteira com o Líbano. O grupo extremista xiita, por sua vez, anunciou que um de seus membros tinha morrido, mas não deu mais detalhes.
Anteontem, uma bomba matou Ghalib Awali, membro graduado do Hizbollah. Este acusou Israel (que, em 1992, matou Abbas al Mussawi, líder do Hizbollah) de estar por trás da morte de Awali. Israel não quis comentar o caso.
Os combates de ontem foram os piores desde maio, quando o Hizbollah matou um soldado israelense e feriu outros cinco em área disputada na fronteira dos dois países e a Síria. Israel se retirou do sul do Líbano em maio de 2000, após 22 anos de ocupação, mas grupos como o Hizbollah dizem que o país deve sair de uma outra área, as fazendas de Chebaa. Segundo a ONU, que certificou a retirada israelense do Líbano, a área disputada é território sírio ocupado por Israel. Os EUA pediram calma aos dois lados e que impeçam que o atrito se transforme num conflito maior.


Com agências internacionais


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