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São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003

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FRANÇA

Calor pode ter matado 10 mil, dizem funerárias

DO "LE MONDE"

Os efeitos letais da onda de calor na França foi ontem objeto de estimativa alarmante. Um sindicato de agências funerárias calculou que, nas três primeiras semanas de agosto, o número de mortes foi em 10.416 maior que no mesmo período do ano passado.
A cifra relança a controvérsia sobre a suposta negligência do governo em montar dispositivos de emergência para a proteção de pessoas idosas, que formam a maioria das vítimas.
O ministro da Saúde, Jean-François Mattei, designou ontem uma comissão para avaliar os efeitos do calor. As bancadas comunista e socialista na Assembléia Nacional entraram com pedido de comissão de inquérito para apurar o que qualificam de imobilismo e negligência oficiais.
O ministro Mattei dissera há quatro dias que o calor havia provocado entre 1.600 e 3.000 mortes. Mas, anteontem, ele considerou "possível" que o número pudesse passar de 5.000.
A cifra ontem anunciada, se projetada para todo o mês de agosto, permitiria estimar que morreriam 13,6 mil franceses a mais que em agosto de 2002.
"Caso o cálculo esteja correto, estaremos diante de uma catástrofe humanitária", declarou Patrick Pelloux, presidente de um dos sindicatos de médicos.
O primeiro-ministro Jean-Pierre Raffarin disse "ser necessário dispor de dados compilados de forma científica para chegar a uma estimativa correta".
Outras fontes de informação indicam que o calor matou muita gente. A Prefeitura de Paris lavrou entre 1º e 18 de agosto 1.474 atestados de óbitos a mais que no período equivalente de 2002.


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