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FRANÇA
Calor pode ter matado 10 mil, dizem funerárias
DO "LE MONDE"
Os efeitos letais da onda de calor na França foi ontem objeto de
estimativa alarmante. Um sindicato de agências funerárias calculou que, nas três primeiras semanas de agosto, o número de mortes foi em 10.416 maior que no
mesmo período do ano passado.
A cifra relança a controvérsia
sobre a suposta negligência do governo em montar dispositivos de
emergência para a proteção de
pessoas idosas, que formam a
maioria das vítimas.
O ministro da Saúde, Jean-François Mattei, designou ontem
uma comissão para avaliar os
efeitos do calor. As bancadas comunista e socialista na Assembléia Nacional entraram com pedido de comissão de inquérito para apurar o que qualificam de
imobilismo e negligência oficiais.
O ministro Mattei dissera há
quatro dias que o calor havia provocado entre 1.600 e 3.000 mortes.
Mas, anteontem, ele considerou
"possível" que o número pudesse
passar de 5.000.
A cifra ontem anunciada, se
projetada para todo o mês de
agosto, permitiria estimar que
morreriam 13,6 mil franceses a
mais que em agosto de 2002.
"Caso o cálculo esteja correto,
estaremos diante de uma catástrofe humanitária", declarou Patrick Pelloux, presidente de um
dos sindicatos de médicos.
O primeiro-ministro Jean-Pierre Raffarin disse "ser necessário
dispor de dados compilados de
forma científica para chegar a
uma estimativa correta".
Outras fontes de informação indicam que o calor matou muita
gente. A Prefeitura de Paris lavrou
entre 1º e 18 de agosto 1.474 atestados de óbitos a mais que no período equivalente de 2002.
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