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São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2003

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DIPLOMACIA

Braços do órgão atuam com sucesso em áreas como assistência humanitária, direitos humanos e estruturação de eleições

Problemas escondem ONU que "dá certo"

DA REDAÇÃO

Depois que o presidente americano, George W. Bush, questionou em fevereiro a relevância da ONU, o debate em torno do papel do mais importante organismo internacional se aqueceu.
"Se as pessoas observarem o que temos feito, mesmo no Iraque, elas perceberão que a ONU continua seu trabalho", diz Fargan Haq, porta-voz do organismo. "Para fazê-lo de maneira mais efetiva, pedimos aos países-membros que contribuam com idéias concretas para reformas, para que continuemos nosso trabalho", afirma, referindo-se à Assembléia Geral, cujos debates gerais começam nesta terça-feira.
Haq cita como as principais áreas de atuação da ONU a assistência humanitária, os direitos humanos, a estruturação de sistemas eleitorais e questões ligadas à assistência econômica e social.
"A ONU presta assistência e aconselhamento eleitoral a dezenas de países todo ano, tanto em eleições locais como nacionais", diz. Haq calcula que cerca de 40 governos tenham recebido esse tipo de apoio nos últimos três anos, citando como exemplos Serra Leoa e Ruanda, países recém-saídos de guerras civis.
"Esses países podem conduzir eleições, mas eles precisam de assistência técnica. É aí que entramos, dando todo o apoio", diz.
Já a assistência humanitária tem sido a face mais visível do trabalho da ONU, especialmente por meio de agências como a FAO (Organização para Alimentação e Agricultura) e a Acnur (o Alto Comissariado para Refugiados).
Nesse campo, o maior destaque, segundo Haq, tem sido o PAM (Programa Mundial de Alimentação), que no ano passado atendeu a 72 milhões de pessoas em 82 países, entre zonas de conflito e países em desenvolvimento.
Na promoção do desenvolvimento sustentável atua o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). "Eles [o Pnud] prestam assistência aos governos com programas financeiros, ambientais, de planejamento familiar e de infra-estrutura", enumera Haq.
O porta-voz ainda ressalta o papel da OMS (Organização Mundial da Saúde), outro braço da ONU, na recente epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave, pela sigla em inglês), que atingiu principalmente a Ásia e o Canadá. (LUCIANA COELHO)

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