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DIPLOMACIA
Braços do órgão atuam com sucesso em áreas como assistência humanitária, direitos humanos e estruturação de eleições
Problemas escondem ONU que "dá certo"
DA REDAÇÃO
Depois que o presidente americano, George W. Bush, questionou em fevereiro a relevância da
ONU, o debate em torno do papel
do mais importante organismo
internacional se aqueceu.
"Se as pessoas observarem o
que temos feito, mesmo no Iraque, elas perceberão que a ONU
continua seu trabalho", diz Fargan Haq, porta-voz do organismo. "Para fazê-lo de maneira
mais efetiva, pedimos aos países-membros que contribuam com
idéias concretas para reformas,
para que continuemos nosso trabalho", afirma, referindo-se à Assembléia Geral, cujos debates gerais começam nesta terça-feira.
Haq cita como as principais
áreas de atuação da ONU a assistência humanitária, os direitos
humanos, a estruturação de sistemas eleitorais e questões ligadas à
assistência econômica e social.
"A ONU presta assistência e
aconselhamento eleitoral a dezenas de países todo ano, tanto em
eleições locais como nacionais",
diz. Haq calcula que cerca de 40
governos tenham recebido esse tipo de apoio nos últimos três anos,
citando como exemplos Serra
Leoa e Ruanda, países recém-saídos de guerras civis.
"Esses países podem conduzir
eleições, mas eles precisam de assistência técnica. É aí que entramos, dando todo o apoio", diz.
Já a assistência humanitária tem
sido a face mais visível do trabalho da ONU, especialmente por
meio de agências como a FAO
(Organização para Alimentação e
Agricultura) e a Acnur (o Alto Comissariado para Refugiados).
Nesse campo, o maior destaque,
segundo Haq, tem sido o PAM
(Programa Mundial de Alimentação), que no ano passado atendeu
a 72 milhões de pessoas em 82
países, entre zonas de conflito e
países em desenvolvimento.
Na promoção do desenvolvimento sustentável atua o Pnud
(Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento). "Eles
[o Pnud] prestam assistência aos
governos com programas financeiros, ambientais, de planejamento familiar e de infra-estrutura", enumera Haq.
O porta-voz ainda ressalta o papel da OMS (Organização Mundial da Saúde), outro braço da
ONU, na recente epidemia de Sars
(síndrome respiratória aguda grave, pela sigla em inglês), que atingiu principalmente a Ásia e o Canadá.
(LUCIANA COELHO)
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