São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002

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DESCONHECIMENTOS GERAIS

Segundo pesquisa, só 13% localizam o maior inimigo americano; metade não sabe onde fica NY

Jovens dos EUA não acham Iraque no mapa, diz estudo

DA REDAÇÃO

Os jovens americanos têm mais familiaridade com a localização das ilhas onde se passa a série de TV "Survivor" do que com a do Iraque. É o que indica pesquisa da National Geographic Society.
Apesar dos preparativos para uma possível ofensiva americana para derrubar o ditador iraquiano, Saddam Hussein, apenas 1 em cada 7 americanos (cerca de 13%) soube indicar no mapa onde fica o Iraque.
Por outro lado, 34% acertaram que o arquipélago de "Survivor" (que inspirou "No Limite", no Brasil) fica no oceano Pacífico.
Um quarto soube dizer onde fica o Afeganistão, país que sofreu uma ofensiva americana entre outubro e dezembro de 2001, no âmbito da guerra ao terror. Israel, um dos principais aliados dos EUA, foi localizado por 14%.
Nova York, maior cidade dos EUA e palco dos atentados de 11 de setembro, foi localizada apenas pela metade dos jovens americanos entrevistados, com idades variando entre 18 e 24 anos. Mesmo os EUA não foram encontrados no mapa por 11%.
A pesquisa foi realizada em nove países. O questionário continha 56 perguntas. O maior índice de acertos foi dos suecos -40 respostas. Os italianos e os alemães responderam corretamente a 38. Os EUA ficaram em penúltimo lugar, com 23 acertos, à frente apenas do México, que teve 21.
Canadá, França, Japão e Reino Unido também participaram. Cada país foi representado por 300 homens e mulheres.
Os americanos tiveram bons resultados ao saber que a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, e a milícia extremista Taleban eram baseadas no Afeganistão (58%). Embora somente 24% tenham indicado a localização da Arábia Saudita, 81% responderam corretamente que os maiores exportadores de petróleo ficam no Oriente Médio.
Diante do resultado, John Fahey, presidente da National Geographic Society, questionou: "Se jovens americanos não acham lugares no mapa, como podem entender a cultura mundial, a economia e os recursos naturais que estão diante de nós?". Para Fahey, a pesquisa indica que "os jovens estão desprezando assuntos globais numa era em que não podem se dar a esse luxo".


Com agências internacionais


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