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Justiça turca
proíbe imagens
ao vivo do local
DE LONDRES
As principais redes de TV da
Turquia (CNN Turk, NTV,
CNBC-E) e as duas estatais, TRT1
e TRT2, interromperam suas programações normais e se dedicaram integralmente à cobertura
das explosões. Primeiro, mostraram as cenas, em cadeia com
Show TV, que, por coincidência,
tinha uma equipe de filmagem
perto do banco HSBC. Todas as
outras TVs ainda demoraram para chegar, pois seus repórteres ficaram presos no trânsito.
Mas assim que começaram as
transmissões diretas, as TVs exibiram imagens com detalhes da
destruição, mostrando corpos
carbonizados, pernas ou braços
espalhados. Por quase duas horas,
as TVs mostraram tudo o que
suas equipes filmavam, sem nenhuma edição, até que a Justiça
turca proibiu a transmissão direta
dos locais das explosões.
A ordem judicial alegou que as
imagens comprometiam as investigações e provocavam ansiedade
nas pessoas. A decisão foi mais
tarde confirmada pelo Tribunal
de Segurança.
Até o premiê Recep Tayyip Erdogan condenou a atuação das
TVs e comparou-a com a cobertura do 11 de Setembro, nos EUA.
"Em 11 de setembro de 2001, o que
se viu foram duas torres. Aqui, todos os detalhes foram mostrados", disse. Segundo ele, as imagens podem causar danos psicológicos às pessoas, além de problemas relacionados à segurança.
Mas as cenas de terror foram registradas por testemunhas das explosões em Istambul. Uma delas,
Fatma Orgu, contou à Folha, por
telefone, o que ela e outros viram
do ataque ao prédio do banco
HSBC, no bairro de Levent.
"Foi um horror. Mesmo à distância, se via gente correndo, em
pânico, pedindo socorro."
(MLA)
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