São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2003 |
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Bush e Blair reforçam união contra terror
DA REDAÇÃO O presidente dos EUA, George W. Bush, que termina hoje sua visita de Estado ao Reino Unido, e o premiê britânico, Tony Blair, disseram ontem que os atentados terroristas na Turquia apenas fortalecem sua convicção sobre a política no Iraque e a luta contra o terrorismo em todo o mundo. "O Reino Unido, a América e outras nações livres estão unidos hoje na tristeza e na determinação de combater e derrotar esse mal onde quer que ele esteja", disse o presidente Bush, em declaração feita após um encontro com Blair realizado horas depois dos ataques, que atingiram dois alvos britânicos em Istambul e mataram ao menos 27 pessoas. "Nossa missão no Iraque é nobre e necessária, e nenhum ato feito por criminosos ou assassinos mudará nossa determinação ou alterará o destino deles. Nós terminaremos o trabalho que iniciamos", afirmou o americano. Ao lado de Bush, o premiê Blair, cuja popularidade entre os britânicos tem caído devido ao seu apoio à Guerra do Iraque liderada pelos EUA, disse: "Nossa resposta é não nos acovardarmos, desistirmos ou cedermos uma polegada". "O que esse novo ultraje terrorista nos mostra é que esta é uma guerra -e o principal campo de batalha é o Iraque", disse Blair. Bush, ao afirmar que há progressos na campanha contra a rede terrorista Al Qaeda, também pareceu admitir os esforços fracassados para capturar seu principal líder, Osama bin Laden. Sua rede é a principal suspeita de ter realizado os ataques de ontem. "Se se comparasse a estrutura de organização da Al Qaeda a uma espécie de conselho de diretores, então haveria a gerência de operações. Nós estamos desmantelando essa gerência de operações," comparou. Bush levantou a possibilidade de enviar mais tropas ao Iraque, apesar das mortes cada vez mais frequentes de soldados americanos. "Nós podemos ter menos tropas no Iraque, podemos ter o mesmo número de tropas no Iraque ou mais tropas no Iraque. Teremos o que for necessário para deixar o Iraque seguro." Repercussão O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, condenou os ataques terroristas na Turquia, afirmando que os responsáveis não têm respeito pelos direitos humanos. Em um nota conjunta, a Otan (aliança militar ocidental) e a Rússia afirmaram que os "terroristas que realizam essas atrocidades não conseguirão disseminar medo e divisão na comunidade internacional". O premiê italiano, Silvio Berlusconi, cujo país ocupa a presidência rotativa da União Européia, disse: "A estratégia de ódio e intimidação não prevalecerá e não tirará a Turquia de seu objetivo de ser parte da União Européia". "Não é apenas em Israel, mas uma ameaça para o mundo livre", disse o premiê israelense, Ariel Sharon. "[O ataque] nos compele a lembrar a necessidade de o mundo livre combater o terror." A Liga Árabe também condenou os ataques, chamando-os de "atos terroristas". Já o governo brasileiro "reiterou, com veemência, sua condenação explícita" ao terrorismo. Com agências internacionais Texto Anterior: Para analista turco, moderação e aliança com EUA tornam país alvo Próximo Texto: Bush Índice |
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