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IRAQUE OCUPADO
Atentado teve como alvo um partido curdo em Kirkuk; ataque de forças americanas foi resposta a emboscada
Bomba mata ao menos 4 no Iraque; EUA matam dez
DA REDAÇÃO
Um carro-bomba matou pelo
menos quatro pessoas em Kirkuk,
no norte do Iraque, segundo as
agências internacionais. De acordo com o diário "The New York
Times", os mortos podem chegar
a 12. Em Samarra (centro-norte),
forças americanas mataram dez
pessoas que tentaram atacar um
comboio militar dos EUA.
As ações acontecem em meio à
intensificação de ataques dos
EUA, que lançaram nesta semana
o maior bombardeio desde que o
presidente americano, George W.
Bush, anunciou o fim dos principais combates, em 1º de maio.
A explosão do carro-bomba foi
a segunda em menos de 24 horas.
Na noite de anteontem, um atentado diante da casa de um líder
tribal em Ramadi, a oeste de Bagdá, matou duas pessoas.
O alvo do ataque de ontem em
Kirkuk foi a sede do partido
União Patriótica do Curdistão
(PUK), que prega a separação da
região curda do restante do Iraque. A explosão ocorreu ao redor
das 10h30 da manhã (hora local) e
destruiu o prédio de dois andares
do partido. Uma emissora de rádio e TV localizada ao lado foi
atingida. Entre os mortos há um
menino de sete anos. O corpo do
terrorista suicida foi encontrado
despedaçado dentro dos destroços do carro.
O grupo terrorista islâmico Ansar al Islam, que costuma atuar no
norte do Iraque, é o principal suspeito de ter cometido o atentado.
O grupo é ligado à rede terrorista
Al Qaeda. Autoridades curdas
também não descartam a possibilidade de que insurgentes leais ao
ex-ditador iraquiano Saddam
Hussein possam estar envolvidos.
Ataques nas áreas controladas
pelos curdos, como Kirkuk, são
mais raros do que em Bagdá e em
outras partes do país, principalmente no oeste iraquiano.
Mas têm sido cada vez mais frequentes os ataques contra aliados
dos EUA no Iraque. O PUK apóia
a presença americana no país. O
líder do grupo atualmente é presidente do Conselho de Governo
Iraquiano, instalado pelos EUA.
Houve outros dois ataques contra aliados dos EUA ontem: um
político pró-EUA foi morto em
Basra, e a Embaixada da Jordânia
em Bagdá foi alvo de disparos.
Um guarda iraquiano que fazia a
segurança morreu. A área ao redor do prédio foi isolada por militares americanos.
A Embaixada da Jordânia havia
se mudado para um outro prédio
depois que um atentado contra a
antiga sede, em agosto passado,
deixou 19 mortos.
Ataque americano
Autoridades americanas afirmaram que insurgentes usando
armas de fogo começaram a disparar contra um comboio de veículos dos EUA perto de Samarra.
As forças americanas responderam com tanques.
De acordo com autoridades da
4ª Divisão de Infantaria dos EUA
citadas pela CNN, dez insurgentes
foram mortos e três veículos ficaram destruídos.
Arshad Yassin, cunhado e ex-piloto de helicóptero do ex-ditador Saddam Hussein, foi preso
perto de Kirkuk.
Renúncia
O prefeito de Fallujah, Taha Bedawi, renunciou ao seu cargo ontem. Ele havia sido indicado pelos
EUA para assumir a prefeitura da
cidade, que é uma das mais antiamericanas do Iraque.
A oposição ao prefeito na cidade, a oeste de Bagdá, vinha crescendo muito nos últimos tempos.
No mês passado, os escritórios de
Bedawi foram atacados por moradores. Seu carro e parte do prédio onde funciona a prefeitura foram incendiados.
Petróleo por comida
Acaba hoje o programa da ONU
denominado "Petróleo por comida". O plano, iniciado na década
passada, visava amenizar os efeitos das sanções econômicas -levantadas em maio- ao Iraque.
Com agências internacionais
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