|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em Caracas, SIP cobra liberdade de imprensa
DA REDAÇÃO
Em visita à Venezuela,
uma missão da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) concluiu ontem que
a liberdade de expressão
"continua em situação de deterioração" no país. Afirmou
ainda que a "tendência pode
reafirmar-se" com a eventual aprovação da reforma
constitucional proposta pelo
governo Chávez.
"Desde o fechamento da
RCTV e a tomada de suas
instalações, existe uma espada de Dâmocles sobre todas
as empresas jornalísticas da
Venezuela", afirmou em entrevista coletiva Gonzalo
Marroquín, presidente da
Comissão de Liberdade de
Imprensa da SIP, em referência à não-renovação da
concessão do canal pelo governo em maio passado.
Marroquín criticou o ponto da reforma constitucional
-que vai a referendo em 2 de
dezembro- que prevê a possibilidade de suspensão do
direito de informação em caso de estado de exceção. Atacou ainda "as novas considerações sobre a propriedade
privada".
A SIP pediu que o governo
garantisse a transparência e
condições de trabalho para a
imprensa no dia da consulta
sobre a Carta e disse ter "profunda preocupação sobre a
instabilidade do clima de liberdade de imprensa".
O ministro das Comunicações da Venezuela, William
Lara, classificou como "mentira" as observações da entidade de imprensa. Em comunicado, o ministro afirmou
que "a reforma constitucional do governo expande e
perfila a liberdade de expressão ao dar poder às organizações populares".
A nota chama ainda a SIP
de "Sociedade Interamericana de Exploradores de Jornalistas (SIEP)" e sustenta
que a reforma na Constituição dará "às organizações
populares o acesso efetivo
aos meios de comunicação".
Com agências internacionais
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Petróleo: Venezuela e grupo francês firmam acordo Índice
|