UOL


São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÁSIA

Objetivo é combater grupo islâmico

EUA enviam 1.750 soldados às Filipinas

DA REDAÇÃO

Autoridades dos EUA disseram ontem que vão enviar às Filipinas cerca de 1.750 soldados. O seu objetivo é fortalecer as tropas de Manila nos combates contra rebeldes muçulmanos no sul do país.
A iniciativa representa novo rumo na estratégia de Washington. Os americanos vinham treinando e equipando os filipinos. Até agora, porém, tinham pouco envolvimento nas frentes de batalha.
Há três décadas, grupos islâmicos buscam a separação de ilhas do sul do arquipélago das Filipinas, cuja população é majoritariamente católica.
Ao menos 350 soldados de Operações Especiais do Exército dos EUA devem se dirigir à ilha de Jolo, um bastião guerrilheiro. Por volta de mil fuzileiros navais ficarão em navios, de onde devem auxiliar as unidades de terra em emergências e em ataques aéreos.
Ari Fleischer, porta-voz da Casa Branca, disse ontem que as tropas estão sendo enviadas após pedido do governo filipino. "As Forças Armadas das Filipinas vão conduzir operações apoiadas por tropas dos EUA contra o grupo Abu Sayyaf", anunciou ele.
Os EUA incluíram o grupo em sua lista de entidades terroristas e diz que ele possui laços com a Al Qaeda, de Osama bin Laden.
A situação doméstica faz de Manila um dos principais aliados de Washington na guerra ao terror. A aliança, entretanto, é assunto delicado na ex-colônia americana. A Constituição proíbe a presença de tropas estrangeiras nas Filipinas a menos que um tratado seja firmado e ratificado pelo Senado. Além disso, ativistas de esquerda protestam contra o que reclamam ser uma excessiva subserviência aos EUA do governo da presidente Gloria Arroyo.
O secretário da Defesa filipino, Angelo Reyes, se negou a confirmar se os americanos teriam papel no combate aos separatistas. Ele embarca amanhã aos EUA, onde se reunirá com o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld.


Com agências internacionais


Texto Anterior: 57% dos americanos querem nova resolução
Próximo Texto: Colômbia: Uribe critica posição dos vizinhos
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.