|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ÁSIA
Objetivo é combater grupo islâmico
EUA enviam 1.750 soldados às Filipinas
DA REDAÇÃO
Autoridades dos EUA disseram
ontem que vão enviar às Filipinas
cerca de 1.750 soldados. O seu objetivo é fortalecer as tropas de Manila nos combates contra rebeldes
muçulmanos no sul do país.
A iniciativa representa novo rumo na estratégia de Washington.
Os americanos vinham treinando
e equipando os filipinos. Até agora, porém, tinham pouco envolvimento nas frentes de batalha.
Há três décadas, grupos islâmicos buscam a separação de ilhas
do sul do arquipélago das Filipinas, cuja população é majoritariamente católica.
Ao menos 350 soldados de Operações Especiais do Exército dos
EUA devem se dirigir à ilha de Jolo, um bastião guerrilheiro. Por
volta de mil fuzileiros navais ficarão em navios, de onde devem auxiliar as unidades de terra em
emergências e em ataques aéreos.
Ari Fleischer, porta-voz da Casa
Branca, disse ontem que as tropas
estão sendo enviadas após pedido
do governo filipino. "As Forças
Armadas das Filipinas vão conduzir operações apoiadas por tropas dos EUA contra o grupo Abu
Sayyaf", anunciou ele.
Os EUA incluíram o grupo em
sua lista de entidades terroristas e
diz que ele possui laços com a Al
Qaeda, de Osama bin Laden.
A situação doméstica faz de Manila um dos principais aliados de
Washington na guerra ao terror.
A aliança, entretanto, é assunto
delicado na ex-colônia americana. A Constituição proíbe a presença de tropas estrangeiras nas
Filipinas a menos que um tratado
seja firmado e ratificado pelo Senado. Além disso, ativistas de esquerda protestam contra o que
reclamam ser uma excessiva subserviência aos EUA do governo da
presidente Gloria Arroyo.
O secretário da Defesa filipino,
Angelo Reyes, se negou a confirmar se os americanos teriam papel no combate aos separatistas.
Ele embarca amanhã aos EUA,
onde se reunirá com o secretário
da Defesa, Donald Rumsfeld.
Com agências internacionais
Texto Anterior: 57% dos americanos querem nova resolução Próximo Texto: Colômbia: Uribe critica posição dos vizinhos Índice
|