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IRAQUE SOB TUTELA
Reunião decide hoje o nome do candidato da aliança xiita vencedora, que enfrentará o premiê interino
Esquenta a disputa pelo cargo de premiê iraquiano
DA REDAÇÃO
Ahmad Chalabi, político secular que já teve fortes ligações com
Washington, e Ibrahim al Jaafari,
vice-presidente interino conservador, enfrentarão hoje votação
secreta para determinar quem será indicado pela maioria xiita ao
cargo de premiê, segundo membros da Aliança Iraquiana Unida.
A aliança, que ficou com a
maioria das cadeiras na Assembléia Nacional, está há dias sem
conseguir decidir entre Chalabi e
Al Jaafari, o presidente do partido
Dawa. O porta-voz de Chalabi,
Haidar al Moussawi, afirmou que
o clérigo xiita mais importante do
Iraque -o grão-aiatolá Ali al Sistani- se encontrou com o ministro interino das Finanças, Abdel
Abdul-Mahdi, e disse apoiar qualquer decisão da aliança.
O escolhido deve enfrentar o
premiê interino Iyad Allawi, já
que seu partido o lançou como
candidato. O partido de Allawi ficou em terceiro, com 40 lugares
na Assembléia. Um assessor de
Chalabi, Frances Brooke, um ex-lobista de Washington, afirmou
que Chalabi se recusou a retirar
sua indicação para o cargo e forçou a votação. Fontes internas
afirmam que Chalabi tem o apoio
de cerca de 80 membros.
A União Européia concordou
em abrir representação em Bagdá
para coordenar o treinamento de
juízes, promotores e guardas de
prisão. Por ora, o treinamento de
mais de 700 iraquianos será na
Europa ou em outros países do
Oriente Médio.
Ataques
Americanos fizeram incursões
em casas no segundo dia de ofensiva a oeste de Bagdá. Em Ramadi,
marines montaram postos de
controle, inspecionaram carros e
fecharam partes da cidade, prendendo 42 insurgentes. O major
iraquiano Abdul Karim al Faraji
afirmou que soldados detiveram
um proeminente xeque sunita,
Mohammed Nasir Ali al Ijbie, e
mais 12 parentes.
Moradores de Hadithah afirmaram que a cidade foi bombardeada por um avião da coalizão internacional. Nenhuma morte foi divulgada. Insurgentes libertaram
dois jornalistas indonésios capturados na semana passada em Ramadi. A apresentadora de TV iraquiana Raiedah Mohammed Wageh Wazan foi seqüestrada no domingo em Mossul, segundo um
funcionário da TV. A estação foi
alvejada na semana passada por
divulgar aspectos negativos da insurgência, segundo militares dos
EUA, que dizem que insurgentes
ameaçaram continuar atacando
os empregados da TV.
Um grupo terrorista que se
identificou como Brigada dos
Horrores do Exército Islâmico do
Iraque afirmou, em comunicados
distribuídos em cidades do norte,
que seqüestrou três empresários
que trabalhavam para as tropas
dos EUA, entre eles um turco, e
afirmou que vai matá-los.
Três jornalistas italianos deixaram o país depois de um alerta de
segurança, segundo a agência de
notícias Ansa. Quatro soldados
americanos foram mortos, três
deles quando uma bomba explodiu em uma estrada. O outro soldado foi morto em Mossul no sábado. Nove iraquianos morreram
e dois desapareceram ao norte de
Bagdá. Em Diyala, um caminhoneiro morreu e dois desapareceram após ataque contra três caminhões que transportavam veículos para o Exército iraquiano.
Um professor do Instituto do
Petróleo de Baiji morreu por causa da explosão de uma bomba.
Um soldado iraquiano morreu
em um ataque com morteiros
perto de Samarra. Em Mossul, o
tenente-coronel da polícia Esam
Fathi foi assassinado. Em Bagdá,
um funcionário do Ministério da
Saúde, um soldado, um policial e
um civil morreram no domingo.
Com agências internacionais
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