das agências internacionais

O juiz federal norte-americano Michael Moore negou pedido de concessão de asilo político ao náufrago cubano Elián González, 6, afirmando que a decisão cabe à secretária de Justiça Janet Reno, que defende que o garoto volte a Cuba. A família do garoto nos EUA deve recorrer da decisão.
O juiz corroborou decisão do Serviço Nacional de Imigração de que apenas o pai de Elián, que vive em Cuba e reclama a volta do menino, pode falar em nome do garoto, muito jovem para tomar decisões por si próprio.
Elián foi recolhido na costa da Flórida em novembro depois que embarcação com mais 13 cubanos naufragou. No acidente morreram a mãe do garoto e o padrasto.
A solicitação de asilo político foi apresentada por seus parentes em Miami, com quem vive desde que chegou aos EUA. Eles argumentam que o menino terá um futuro melhor no país.
O caso tem gerado manifestações da comunidade hispânica dos EUA pela permanência do garoto. Em Cuba, atos pela volta do garoto, com o apoio do ditador Fidel Castro, chegaram a reunir centenas de milhares de pessoas.
"Já está na hora desse garotinho, que tanto tem sofrido, voltar a viver ao lado de seu pai. O tribunal decidiu em favor de nossa decisão", disse Reno ontem.
O candidato republicano à Presidência dos EUA e atual governador do Texas, George W. Bush, pediu a Reno que reconsidere seus planos de enviar Elián de volta a Cuba.
Bush, que é irmão do governador da Flórida, Jeb Bush, afirmou que o caso deveria ser resolvido pela vara de família da Flórida, "que protegeria os interesses de Elián", e não pelo departamento de Justiça da administração Clinton-Gore. Al Gore, vice-presidente dos EUA, é o candidato democrata à sucessão de Clinton.
Em comunicado oficial, o governo cubano afirmou que a decisão deve ser analisada com calma, sem subestimar os obstáculos que ainda devem ser superados.


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