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AÇÃO MILITAR
Bombas atingem Bagdá e o norte; cidades e campos de petróleo são tomados no sul
Coalizão estréia tática de "choque"
DA REDAÇÃO
A coalizão anglo-americana
lançou ontem seu mais intenso
ataque da guerra sobre Bagdá e o
norte do Iraque, chamado de
"Choque e Pavor", ao passo que
as tropas terrestres conquistaram
mais espaço no sul do país. Ontem também foi o dia em que os
EUA perderam seus primeiros
homens em combate.
No total, segundo um alto funcionário do Pentágono, mil bombas e mil mísseis de cruzeiro foram disparadas ontem contra o
território iraquiano.
Após a operação em Bagdá, alvo
da maioria dos disparos anglo-americanos, o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld,
afirmou, em retórica de guerra,
que "cresce a confusão entre oficiais iraquianos" e que "o regime
[de Saddam Hussein" começa a
perder controle do país".
"Está fugindo do alcance deles a
capacidade de perceber o que
acontece no campo de batalha e
de fazer contato com as tropas.
Eles começam a ver, suspeito, que
o regime já é história", concluiu.
O ataque maciço sobre Bagdá,
iniciado por volta das 21h (15h em
Brasília), representou a intensificação da ofensiva militar, batizada de Liberdade Iraquiana.
Foram registrados ainda bombardeios no norte do país, nas cidades de Mossul, Kirkuk e Tikrit.
Antes disso, americanos e britânicos já haviam conquistado mais
posições no sul do país. O 7º Regimento de Cavalaria da 3ª Divisão
de Infantaria dos EUA, uma das
duas colunas que entraram no
Iraque pelo sul, continuou sua
marcha em direção a Bagdá.
Tanques e helicópteros percorreram cerca de 160 km pelo deserto e pararam perto de Nassiriah,
cidade ao sul onde, segundo a
agência Reuters, houve combate.
O comando militar britânico
anunciou que suas forças devem
chegar à capital em três ou quatro
dias. Completando a estratégia de
cerco, tropas dos EUA também
ocuparam duas bases aéreas a
oeste de Bagdá.
A outra coluna da coalizão no
sul do país ganhou cidades e campos de petróleo. O Pentágono
confirmou a conquista da principal cidade portuária iraquiana,
Umm Qasr, de 45 mil habitantes.
A rede de TV CNN mostrou imagens de fuzileiros navais sendo
saudados por iraquianos na tomada da pequena cidade fronteiriça de Safwan.
Campos de petróleo no sul do
país também são controlados pelos EUA e pelo Reino Unido, incluindo o de Rumeila, o maior da
região, e os terminais de exportação de óleo da península de Faw.
As tropas também se aproximaram de Basra, pelo oeste e pelo sudeste -sua tomada era a próxima meta do comando militar.
Ontem, cerca de 1.500 soldados
turcos entraram no norte do Iraque, sob alegação de que o país
precisa conter uma eventual invasão de refugiados.
Mortes
As primeiras baixas dos EUA
em combate ocorreram no sul do
país, onde dois fuzileiros navais
foram mortos. As forças anglo-americanas já haviam perdido
outros 12 soldados durante a madrugada, após queda, aparentemente acidental, de um helicóptero de transporte no Kuait.
As baixas entre iraquianos eram
incertas ontem. A TV iraquiana
falava em seis militares mortos.
Com agências internacionais
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