São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 2011 |
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Manifestações deixam sete mortos na Síria Opositores entraram em conflito com simpatizantes do regime em atos pró-Assad; forças de segurança atiraram Choques ocorrem um dia após discurso em que ditador combinou promessas de reformas e repressão a protestos MARCELO NINIO DE JERUSALÉM Milhares de pessoas participaram ontem de manifestações a favor do governo sírio em diversas cidades do país, numa resposta à onda de protestos contra o regime do ditador Bashar Assad iniciados há mais de três meses. Oposicionistas também foram às manifestações e confrontaram simpatizantes do regime. Forças de segurança abriram fogo e mataram sete pessoas, segundo ativistas. "É difícil saber quem começou, mas forças de segurança em carros blindados atacaram os manifestantes [anti-Assad] e abriram fogo contra eles", disse Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres. Os choques ocorreram um dia após discurso em que Assad combinou promessas de reforma e ameaças de repressão -numa oferta de diálogo rejeitada oposicionistas. Ontem, mais um suposto gesto de conciliação foi considerado insuficiente pela oposição e por ativistas. Um decreto assinado por Assad concede anistia a quem cometeu crimes até 20 de junho, mas o benefício não inclui os presos nas manifestações contra o regime. "O presidente Assad mais uma vez fracassa dramaticamente em atender demandas legítimas de pessoas que têm arriscado a vida para que suas vozes sejam ouvidas", disse Philip Luther, da Anistia Internacional. A TV estatal síria mostrou imagens de milhares de pessoas reunidas em Damasco para apoiar o regime. Atos semelhantes se repetiram em Alepo, Latakia, Homs, Al Mayadin e Daraa. Embora os oposicionistas afirmem que as manifestações favoráveis foram orquestradas pelo regime, elas demonstram o que analistas apontam como uma profunda divisão entre a população. POTÊNCIAS Esforços liderados por França e EUA por uma condenação ao regime sírio no Conselho de Segurança da ONU esbarraram até agora na relutância de China e Rússia. "Não devemos intervir, apenas ajudar", disse o premiê russo, Vladimir Putin. A diplomacia brasileira também tem se mostrado contrária a uma condenação ao regime sírio. Texto Anterior: Análise: Voto de confiança dá oxigênio ao país só até o fim do verão Próximo Texto: Foco: Foto de casal beijoqueiro canadense leva a discussão sobre privacidade Índice | Comunicar Erros |
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