São Paulo, Terça-feira, 22 de Junho de 1999
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PERIGO À MESA
Comissão Européia acha explicação da empresa insuficiente
Coca-Cola faz campanha para reparar imagem após intoxicação

HAROLDO CERAVOLO SEREZA
de Paris

A Coca-Cola iniciou ontem uma ofensiva publicitária buscando recuperar a imagem da empresa após casos de intoxicação relatados na Bélgica e na França.
Segundo um anúncio de página inteira, publicado nos grandes jornais franceses, as análises laboratoriais do grupo e de instituições independentes mostraram a "qualidade irrepreensível" de suas bebidas. Mais de 200 pessoas foram hospitalizadas após consumir refrigerantes do grupo.
Para a empresa, os resultados mostram que a bebida não está ligada às intoxicações. A Comissão Européia (órgão executivo da União Européia) considerou insuficientes as explicações e determinou a realização de inspeções em fábricas na França e na Bélgica.
A venda dos refrigerantes Coca-Cola, Sprite e Fanta está proibida na Bélgica. Na França, as latas da fábrica de Dunquerque (norte) têm a comercialização interditada.
O anúncio da Coca-Cola declara que a empresa sentiu "com emoção as inquietudes manifestadas nos últimos dias".
A Coca-Cola reconhece que houve problemas em duas unidades -uma na Bélgica, outra em Dunquerque. Na primeira, gás carbônico com sulfeto de hidrogênio teria sido usado em garrafas. Na outra, latas teriam sido contaminadas externamente por fungicida.
Para a Coca-Cola, no entanto, a empresa pode ter sido vítima de um "efeito psicológico". A própria secretária de Estado de Consumo da França, Marylise Lebranchu, reconhece que, "uma vez dado o alerta, é possível que algumas doenças "habituais" tenham sido atribuídas à bebida".


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